Fiquei completamente perplexa, pois Sr. Perini havia simplesmente dado meia volta e entrado em sua casa, ou seja, ele não havia nem se dado o mero trabalho de ter a educação de prestar atenção na minha existência diante dele, quanto mais, a consideração de me responder. E para piorar tudo eu estava começando a achar que o silêncio de Pietro era proposital, sendo assim eu começava a concluir que estava pagando papel de boba. Peguei o que restou de minha dignidade somado as minhas conclusões precipitadas e voltei ao hotel de Irene para fazer minhas malas, pois minha futura casa já estava pronta para meu uso e abuso. Se ao menos eu soubesse da origem dessa raiva que Bernardo sentia, mas como eu podia imaginar tudo que aconteceu com ele no passado?
Aquele sem dúvida teria sido um dos dias mais difíceis para Bernardo, pois o mesmo possuía uma ferida que jamais fora cicatrizada... Ao olhar novamente para Isabelle, seu coração e sua razão foram levados mais uma vez para o dia 4 de junho de 1956. Alguns dias antes do seu aniversário de 16 anos, Bernardo, o filho primogênito da família Perini passava por uma situação comum na época, que era a pressão de seus pais sobre sua escolha profissional, nunca lhe dando muita opção.O Bernardo de 1956 era de fato muito diferente deste homem 60 anos mais velho que o mesmo havia se tornado... Isso o fazia questionar-se: Aquele Bernardo de muitos anos atrás, teria orgulho do atual? Seja qual fosse a resposta, houve um motivo para que Bernardo mudasse o rumo de sua vida, que por sua vez, o tornou como é hoje, e esse motivo foi: Hanna Heloíse Balestro.
Foi em um dia comum em que o Incomum aconteceu... Riviera não era uma cidade movimentada como atualmente. Para dizer a verdade era muito menor, e como toda boa cidade pequena nos anos 50, quando um rosto novo aparecia costumava chamar muita atenção, especialmente quando se tratava de um rosto tão bonito quanto o de Hanna, que fora sua beleza incomum também era consideravelmente curiosa. Neste dia a mesma resolveu se aventurar pela cidade e acabou perdida, quando se deu por conta vagava pelo quintal da mansão Perini.
Por mero acaso naquele dia, que tinha tudo para ser como os outros, Bernardo caminhava demasiadamente distraído pelo jardim de sua casa após uma seria briga com seu pai, que vivia o pressionando para começar a aprender sobre os negócios da família, quando algo chamou sua atenção: Uma moça de pele clara com longos cabelos ruivos, lábios avermelhados e olhos tão azuis quanto duas pedras de safira. Ela vestia um casaco amarelo por cima de um vestido florido. Com certeza ela não era da cidade. O jovem Bernardo aproximou-se daquela ruiva misteriosa e surpreendeu-a com muita sutileza: -Com licença? A senhorita está procurando por alguém? -Bem, na verdade não estou. Eu me mudei hoje para Riviera com minha família e resolvi passear pela cidade, mas creio que acabei me perdendo. Belas árvores distraem minha mente e uma distração era tudo que meu coração precisava... -Eu também me distraio com as belas paisagens de Riviera, só não me preço por que cresci aqui e conheço tudo. Se quiser posso lhe ajudar a encontra sua casa, senhorita...? -Balestro! Mas pode me chamar de Hanna! -Prazer, Hanna! Meu nome é Bernardo Augusto Perini!
-Encantada, Bernardo...
Logo na primeira caminhada juntos, tanto Bernardo quanto Hanna, perceberam que tinham muito em comum. Aqueles 15 minutos de caminhada e conversa foram muito importantes para que o jovem herdeiro da fortuna Perini pudesse colocar os pesamentos em ordem. Logo o mesmo percebeu a nova garota da cidade possuía um gênio bastante forte e opinião formada sobre seguir seus sonhos e agir com o coração. Foi o segundo atributo que Bernardo admirou na moça, pois o primeiro tinha sido sua beleza exótica.
Finalmente o outro dia havia chegado e eu já estava em minha nova moradia. A casa era simplesmente linda e muito confortável, com toda certeza seria perfeita para eu me concentrar em meus estudos. Passei alguns dias em casa sem conversar com ninguém, pois eu precisava desse tempo sozinha. As primeiras pessoas que convidei para que viessem me visitar foram Irene e Luana, que se mostravam bastante empolgadas e satisfeita com o que seus olhos viam: -Então, é aqui gente... -É adorável, Isabelle!_ Disse Luana se aproximando de mim com um brilhos novo nos olhos, acho que ela realmente havia gostado. -De fato é um verdadeiro mimo, minha filha, mas você não precisava sair do casarão, lá também é sua casa... -Ah Irene... Eu não me sentia bem vivendo de favor, você é uma ótima amiga amiga, quase uma mãe para mim... -Eu sei... Entendo, entendo..._ Disse Irene um pouco descontente ao sentar-se no sofá.
Eu terminava de arrumar as poucas roupas que eu tinha nos armários do meu quarto e pude ouvir Irene e Luana matando a saudade uma da outra. Eu ainda pensava muito sobre tudo que estava acontecendo. Pietro não dava mais sinal de vida, coisa que estava me deixando muito preocupada. Eu esperava que ao menos ele pudesse dar uma explicação caso tivesse se arrependido de algo, mas nem isso... E tinha também o avô dele, senhor tão estranho. Eu passei tanto tempo com medo da reação dele quando ele tivesse que me enfrentar e dizer algo, sempre esperei que fosse escutar algo agressivo, mas para minha surpresa tudo que eu vi foi um homem entrando em pânico quando me viu, como se tivesse visto um fantasma.
Devo ter ficado mais tempo do que imaginava no meu quarto, pois quando eu voltei percebi que Irene caminhava em direção ao aposento de onde eu me encontrava. -Graças a Deus Isabelle, achei que tivesse desmaiado, menina! -Eu estava terminando de ajeitar umas roupas e acabei me distraindo, Irene, desculpe... -Como anda as coisas com Pietro? Conversou com ele? -Não...
-Ainda não?! Mas já faz dias! -Você foi atrás dele? Ligou para ele, mandou mensagem? -Eu fiz tudo isso, mas em nada recebi retorno...
-Que estranho isso... -Nem me fale, eu não sei mais o que pensar... Pietro nunca foi de agir dessa forma... -De fato, isso não é do fetiu dele.
-Se eu fosse você, não desistia de tirar essa história a limpo. Isabelle você fez Pietro voltar a tocar piano, ninguém dessa cidade apostava mais nisso, mas você conseguiu. Olha posso estar enganada, mas minha intuição diz para você não desistir. Ainda não..._ Disse Luana que se encontrava sentada ao sofá, poucos metros atrás de Irene.
As palavras de Luana me davam muito o que pensar... Meu maior medo era descobrir que, agora que eu estava apaixonada por Pietro, o mesmo descobrisse que não sentia o mesmo e não encontrava as palavras para me dizer... Fazia tempo que eu não sentia tal insegurança...
Como o caso de Júlia exigia uma certa urgência, Daniel conseguiu adiantar os resultados do exame de compatibilidade de medula. O médico trazia consigo um envelope o qual trazia todas as informações que o mesmo deixou para revelar e descobrir junto de Alex e Carolina. O casal estava bastante aflito, pois o resultado podia significar vida ou morte para a pequena Júlia...
-Bom dia, Sr. e Sra. Camerini, sei que ambos estão ansiosos pelo resultado então não irei me prolongar. Daniel segurou o envelope por alguns instantes com cautela até finalmente abrir. Seu breve silêncio ao ler o que dizia o resultado dos exames, aumentou ainda mais a ansiedade do casal que não sabia as semanas de angustia que o aguardariam. -Sra. Camerini, sinto em lhe informar, mas não es compatível, mas seu marido é.
-Graças a Deus! Você vai salvar nossa filha, Alex... -Graças a Deus! Quando vou poder fazer o transplante, doutor? -Calma, antes eu preciso perguntar uma coisa de muito importante. -Claro, pergunte. -Durante os exames você disse que não, mas eu preciso ter certeza, Alex, se você estiver mentindo é a vida de Júlia que está em risco: Você já teve Hepatite?
-Com 11 anos... Mas faz anos, doutor, eu preciso ajudar minha filha! -ALEX! Por que mentiu sobre isso? -Eu queria fazer de tudo para salvar nossa filha... -Meu Deus o que faremos? Júlia precisa de um doador.
Daniel olhou compreensivo para Alex. O médico não julgava sua mentira desesperada para salvar sua frágil filha, pois o mesmo entendia bem como era difícil para os pais em tal situação. - Colocarei Júlia na fila para doadores ainda hoje. Farei o meu melhor para encontrar alguém compatível com a menina... Carolina levantou-se da mesa e começou a chorar, seu coração e sua razão estavam tão desesperados que nem haviam pensado na possibilidade obvia ( e talvez única) de salvação para Júlia, a qual veio a mente de Alex sem demora. -Doutor, qual a chance da irmã mais velha de Júlia ser compatível? -Vocês tem outra filha? Porque não disseram antes? Geralmente bem altas. -É minha filha e de minha falecida mulher na verdade. -Não deixa de ser mais alta do que procurar aleatoriamente. -Então está decidido, eu vou atrás de Isabelle.
Alex levantou-se e abraçou Carolina que ainda estava em estado catatônico, sem prestar atenção no que Alex e Daniel falavam bem a seu lado. Quando Carol sentiu as mãos de Alex em seus braços, olhou para o os olhos do pai de Júlia e prestou atenção em suas palavras... -Eu vou salvar nossa filha, meu amor, está me ouvindo? Eu vou encontrar Isabelle, ela poderá ajudar... Vai ficar tudo bem, é uma promessa!
Todos os dias Pietro passou a visitar Rodrigo, que continuava com as várias lacunas em sua mente, entretanto isso não impedia que o irmão caçula de Pietro quase explodisse de tanta alegria ao ver o pianista. Rodrigo estava tendo uma boa recuperação, sendo mais rápida do que a da maioria das pessoas. Era um milagre. Sua fala, cada dia ficava mais clara e rápida, seus músculos fortificavam-se e, pouco a pouco reaprendia a movimenta-los com a força adequada. Voltar a andar normalmente seria uma questão de tempo. Pietro, por outro lado, sentia-se muito culpado, e não era para menos, após receber tal peso nas costas, com a mentira dita por Bernardo, ele não havia encontrado a coragem necessária para encarar os profundos olhos de Isabelle. Quando estava sozinho com seus pensamentos gritantes, ele só conseguia lembrar do quanto a companhia dela o fazia bem e de tanto pensar na moça, ele encontrava-se cada vez mais apaixonado. Todavia, era um amor que consistia em paixão e culpa, uma combinação poderosa e perigosa.
-E então, dando muito trabalho para as enfermeiras? -Bem... Você sabe como eu sou, hehehe! -Sei... você nunca faltaria com respeito a uma moça... -Exato! -É bom te ver de bom humor, Rodrigo... -Eu sei, mas é horrível não me lembrar de quase nada... -Eu imagino, qual foi a última coisa que você lembrou?
-É difícil dizer, a maioria dos flashes que eu tenho são como imagens embaçadas e borradas... Me trazem uma certa angústia entende? Eu não sei se eu quero saber o que houve comigo, ou momentos antes do acidente... Toda vez que eu forço para me lembrar de algo, me sinto muito mal mesmo, e eu não quero me sentir assim nunca mais... Quero só me lembrar das coisas boas... -Eu compreendo... Mas infelizmente as lembranças não possuem uma alavanca de controle, meu irmão, tão pouco um botão para deleta-las... -Essa frase... -O que tem? -Você já disse ela para mim... -Pode até ser, mas quem não lembra sou eu. -Ih... Acho que te passei minha amnésia.
Pietro lembrava-se muito bem do dia em que tinha dito a tal frase para Rodrigo, mas não era um lembrança muito agradável para ele, pois foi naquele dia em que eles tiveram a terrível discussão que levou Rodrigo e deixar Riviera e se mudar. A expressão na face de Pietro ficou seria e pensativa, pois o mesmo se recordava daquele dia.
-Está tudo bem? -Está sim, perdão eu me distraí... -Pietro, depois de todo esse tempo eu ainda sei ver quando está mentindo. Fale, o que foi? -Você sempre disse muito essa frase para mim. -Não me enrola não, que to vendo que está querendo fugir do assunto.
-Eu sai da casa de nosso avô... -É... eu sei, fiquei sabendo, o que houve? -O que nosso avô te contou... -Disse que deixaria você contar. -Ah claro... Bem nosso avô me disse que você estava morto, ele me viu definhar e sofrer sem dizer nada, por cinco meses! -O que?! Como ele pode fazer isso? Ele vai ouvir uma... -Por mais que ele mereça ouvir tudo e mais um pouco, não acho que seja bom para você discutir com ele agora... -Tá, mas Pietro... -Se recupera, Rodrigo, quando você estiver um pouco melhor, tenho que ter uma conversa contigo...
Havia tanto para ser dito... Pietro cada vez mais se voltava para dentro de si, lembrando-se de um passado difícil, mentiras e mais mentiras que vinham a tona e que nunca seriam esquecidas. Ele passou mais algumas horas ao lado de Rodrigo até finalmente voltar para sua nova casa...
Sua casa era localizada um pouco afastada do bairro central de Riviera, onde era possível ver as muitas árvores ao redor de cidade. Esse contato com a natureza tinha feito bem ao pianista que tocava todas as noites a fim de camuflar a sua dor e trazer mais uma vez para sua memória o sorriso mais lindo que ele já havia visto.
Geralmente as noites eram tão claras que as próprias estrelas, acompanhadas da lua, cumpriam bem seu papel de iluminar aquela parte da cidade. Pietro acabara adquirindo o hábito de todas as noites admirar a lua em sua beleza. Ao olhar para o céu, ele via o passado. A noite era pura poesia em sua mente, mesmo estando um pouco frio aquele dia, sentia seu coração quente ao imaginar como tudo poderia ser diferente.
Aquele beijo era tudo que ele teria de Isabelle... Ele não desistiria de seu irmão, precisava fazer o que era certo... Dizer a verdade... Algo que não fez a muito tempo no passado...
Três anos antes... -Que bom que você veio, moleque! -Pietro, eu to com quase 19 anos e você ainda com essas piadinhas? -Hahaha, velhos hábitos não morrem, foi mal! -Já estou acostumado com isso. -Você está bem? Ta meio sério hoje...
-Estou é só que também preciso falar com você, cara... -Tudo bem, já deu para ver que você tem algo importante para falar também, me deixou preocupado, o que foi? -Acho melhor nos sentarmos... -Tudo bem.
Pietro não demonstrava, mas algumas horas antes o mesmo havia se dado por conta do quanto o seu avô escondia sobre o passado. Chegando a estar envolvido na morte de seus pais. O jovem pianista estava disposto a falar tudo naquela noite, mas ao olhar para Rodrigo, o irmão mais velho perdeu a coragem , pois recordou-se da profunda admiração que o mesmo sentia pelo homem que os criara. Sabia que causaria uma grande decepção e foi nesse momento que as palavras fugiam-lhe dos lábios. Tudo que restava era ouvir o que Rodrigo tinha a dizer, pois aqueles eternos segundos de silêncio foram suficientes para que seja que fosse, seria motivo para Pietro se preocupar. -O que você queria me dizer, Pietro? -Fala você primeiro, por que eu acho que não gostar? -Você não vai mesmo... -Desinbucha!
-Eu vou embora de Riviera... -O QUE?! Como assim? Por quê? -Pietro, eu não aguento mais essa cidade, aqui não é o meu lugar. -Do que você está falando? De onde você tirou isso? -Ah para... Pietro é só você olhar para outro lugar que não seja seu umbigo... Riviera é um lugar para artistas e eu não sou assim.
-Você está exagerando, cara... Você só não encontrou sua aptidão ainda. -Nisso concordamos. -E como você quer sair por ai sem rumo nenhum? Isso é perda de tempo garoto. -Eu quero sair dessa droga de cidade justamente para me encontrar, viver novas experiências, me apaixonar... E para isso tenho que me afastar de todos, até mesmo de você... Eu te amo meu irmão, mas não quero perder minha vida tentando ser o que eu não sou... Você...
-"Se apaixonar"... De novo essa suas obsessão de querer um amor como os do nossos pais... Você não vai achar, Rodrigo! E sabe por que? Porque não se acha algo que nunca existiu, vê se cresce e aceita isso de uma vez! E quer saber mais? Já que te repugna tanto viver comigo, porque não vaza logo de uma vez da cidade! Porque não vai embora e nunca mais volta?!
-Se você acha melhor! Vou ir hoje mesmo! -Ótimo! -Ótimo!
-Pirralho, mal agradecido!
-Adeus Pietro...
Se ao menos Pietro soubesse que essa seria a última vez que irmãos se veriam em anos... Ele jamais teria deixado Rodrigo ir... Rodrigo só queria que o irmão lhe apoia-se...
-Eu não posso deixar isso acontecer de novo... Desde a discussão com Bernardo, Pietro havia desligado o celular, pois sabia que mais cedo ou mais tarde ele teria encara-lo e Isabelle também... Com várias ligações perdidas e mensagens não respondidas, ele só tinha um foco em mente: A hora de falar toda a verdade para Isabelle havia chegado...
Por favor não desliga, eu sei que devia ter retomado as ligações, eu sai da casa de meu avô, vou te passar meu novo endereço, você poderia vir até aqui? Eu preciso muito falar com você, Isabelle... Explicar tudo... Uma serie de coisas aconteceram para mim também... Você é muito importante para mim... Mas só posso continuar se tiver olhando nos seus olhos... Ótimo, vou te esperar...
Pietro finalmente me deu sinal de vida. Eu podia estar brava, triste, confusa, mas ao chegar em sua nova casa, que por coincidência era muito próxima a minha, eu não conseguia para de sorrir... Eu estava tão feliz em poder vê-lo, meu coração palpitava cada vez mais forte... As inúmeras frases que eu havia planejado em minha mente, para serem ditas nesse momento, vacilaram, abandonando minha memória, deixando-me sob o total comando do coração... A vontade de estar próxima dele só aumentava...
-Isabelle... -Pietro!
Me aproximei dele quase que com pressa, observei seus olhos levemente cansados e umedecidos me fitarem enquanto eu me aproximava. Percebi que ele tentava dizer algo, mas pelo visto suas palavras haviam falhado. Possivelmente fugiram-lhe da mente da mesma maneira que estava acontecendo comigo. Eu poderia ter dito tantas frases geniais, as quais havia pensado nos últimos dias, mas acho que nada do que eu dissesse sairia como o planejado então fiz o que tinha que fazer:
O beijei com todo meu coração!
-Você é mesmo uma caixinha de surpresas... Eu imaginei que ouviria de tudo agora, e com razão... Mas um beijo, nem nos... -Pietro, antes de dizer alguma coisa, apenas me escute! -Está bem.
-Pietro eu to apaixonada por você... Eu te amo e estou disposta a nos dar essa chance, e você? O que você disser agora é só o que importa..._Pietro permaneceu alguns segundos sem saber o que dizer, ele já não sabia mais o que era certo a se fazer, seu coração estava quase saindo pela boca ele não podia evitar tanto sentimento em seu peito... Isabelle continuou: -Pietro, você não vai me dizer nada? Eu abri meu coração a você... -Isabelle eu te amo! Eu não consigo mais evitar... Eu sou louco por você! Aquele dia não sai de minha cabeça... Você não sai de minha cabeça. O que eu sinto por você é mais forte que tudo que eu já senti... Você é meu anjo... Eu definitivamente não consigo pensar em ficar longe de você... Não dá... Meus sentimentos sobre você sobressaem qualquer culpa...
De fato... Nossos sentimentos de amor e paixão, sobressaíram a culpa...