Eu definitivamente não queria ver meu pai. Só sua lembrança remetia em mim uma porção de sentimentos ruins que variavam de um intenso desgosto e repulsa a uma gritante sensação de rancor. Eu não sei o que me deixava com mais raiva: A mentira de seu caso extra conjugal, que gerou uma criança que não tinha culpa de nada, ou as lembranças de como eu era pressiona a ser sempre a melhor nos estudos... -Isa? -O que? -Você ficou quieta... O que está pensando? -Tantas coisas... Eu sinto tanta mágoa, Pietro... Tanto despreso pelo que meu pai fez... Nunca pensei que fosse me sintir tão mal...
Pietro me olhou com olhos cheios de compreensão o que me deixava mais calma com tudo aquilo que estava acontecendo. Havíamos nos direcionado até a cozinha. Quando dei por mim estávamos sentados frente a frente... -Isa, me diz uma coisa com sinceridade: Você não tem nenhuma boa lembrança com seu seu pai? -Tenho... -E...? -Isso só torna tudo mais difícil... -Por que você diz isso? -Porque é horrível se dar conta de que alguém que eu amei durante toda minha vida, não passava de um mentiroso...
Não pude evitar transportar minha mente para um dia no passado em que tudo parecia perfeito. Eu era apenas uma garotinha inocente de 8 anos de idade que nunca poderia imagina onde o rumo de minha vida fosse me levar. Era um dia ensolarado com a temperatura perfeita de 23 graus. Entretanto o que tornava esse dia perfeito para minha eu mais jovem era poder aproveitar ao máximo aquele momento que estava sobre a proteção do abraço de meu pai... Mesmo sendo rígido eu tinha muito amor por ele, pois acreditava profundamente que ele estava certo em seja lá o que ele fosse dizer. Mas a cima de tudo, eu acreditava que ele fazia isso porque me amava.
-Onde estão as pessoas mais importes da minha vida? -Aqui atrás mamãe! Minha mãe era tão linda... Lembro-me perfeitamente de como aquele vestido que ela usava havia lhe caído bem. Era um modelo elegante na cor azul celeste, com um cinto preto que marcava sua cintura. Era tão claro para mim porque meu pai havia se apaixonado por ela...
-Você está deslumbrante Renata... -São seus olhos, meu amor... -Que não cansam de olhar para você... Acho que estão viciados em sua beleza...
-Sempre tão galanteador... -Você merece ser conquistada todos os dias... -É por isso que eu te amo, Alexandre Camerini... -É por isso que eu me casei com você, Renata Gabriella Florence Camerini...
"Minha mãe sempre me falava que sua história com meu pai não tinha sido fácil, principalmente porque meus avós, pais dela, eram muito conservadores e não iam muito com a cara da família de meu pai. Eu nunca entendi o real motivo de tal desentendimento entre as famílias. Meu pai dizia que era porque seus pais não conseguiam ficar calados perante uma injustiça, não importando se isso não era apropriado para os bons costumes da época, e, de acordo com minha mãe, foi isso que mais a atraiu nele."
-Foi essa história que eu presenciei... -É uma linda história, Isa, é tão raro ver isso nos casais de hoje... -Eu concordo que "parece" ser uma linda história, mas infelizmente é uma grande mentira... -Você chegou a conversar com seu pai? Quem sabe, por mais que pareça não existir uma explicação... -Eu sei bem o que eu vi naquele dia, Pietro! -E o que você viu? -No dia em soube da notícia do falecimento de minha mãe eu fiquei sem chão. Se não fosse por Rodrigo ao meu lado nesse momento, eu não sei como teria aguentado. Lembro até de que seu irmão estava de partida para lhe reencontrar. Eu poderia ir com ele, mas acreditava que meu pai estava destruído e desolado da mesma maneira que eu estava, então eu disse pra Rodrigo que iria ficar. Eu ficaria com meu pai. Mas sabe o que eu vi quando cheguei em casa? Vi meu pai aos beijos com outra mulher e dizendo que amava ela! Minha mãe tinha acabado de falecer...
-Mas e agora que você descobriu que tem uma irmã que não tem culpa de nada, o que você vai fazer?
-É só por ela que vou aceitar ouvir o que meu pai tem a dizer... SÓ por ela.
Longe dali, no hospital, Júlia estava inquieta sentada em sua cama. Como sua imunidade estava baixa, a doce menina não tinha previsão de receber alta e isso estava deixando com uma angústia sem tamanho, pois tudo o que a pequena mais queria era poder brincar ao ar livre novamente. Atordoada em seus pensamentos a pequena nem havia prestado atenção que Carla havia entrado em seu quarto e para saber como a menina se sentia. -Júlia, você me ouviu? - Desculpa, tia, não prestei atenção... -Tudo bem, meu anjo, eu lhe perguntei como estava... E então como está se sentindo hoje? -Um pouco enjoada..._ Disse Júlia desanimada.
Carla olhou para Júlia com o coração apertado e sentou-se ao lado da menina. Ela tinha um grande apego e admiração por crianças doentes que, apesar da pouca idade, tinham de enfrentar uma grande, cansativa e determinante luta pela vida, onde as chances de vitória eram muito mais contras que a favor. Um fator muito importante para se ter uma chance contra a doença de Júlia, era não desistir de lutar. Todavia a pequena demonstrava estar cansada a cada dia que se passava. A enfermeira estava determinada a não deixar que a pequena desistisse, por mais assustada que a pequena guerreira estivesse. -O que há minha florzinha, por que esse desanimo? -Eu estou tão cansada... Eu queria tanto poder brincar la fora...
-E você vai, mas para isso tem que ficar mais fortinha! -Eu não acho que vou... -Por que diz isso? -Porque eu sou fraca, só faço meus pais sofrerem, talvez seja melhor eu... -Você é uma guerreira! Uma heroína! -Sou? -Mas é claro que é! Você trás tanta alegria para seus pais, os mesmos te amam tanto, que é por isso que eles ficam tristes quando você está doentinha e triste... Mas que tal isso: Você vai prometer para seus pais que nunca vai desistir de lutar e eu te prometo que eles vão ficar menos tristes! -Eu prometo!
Mesmo no seu limite, Carolina nunca desistiria de lutar por Júlia, a mesma a amava de mais para permitir que a pequena sofresse. Mesmo que não conseguisse mais esconder seu cansaço, medo e angústia, Carolina nunca pararia de buscar um meio que pudesse manter sua filha com vontade de lutar. Parada diante a porta do quarto de Júlia, Carol fechou os olhos, respirando e inspirando profundamente, ficando assim por alguns segundos até abrir a porta e ser surpreendida pelo doce sorriso de sua garotinha. Sorriso esse que fazia tempo que ela não via brotar em sua face. Como sorrisos são contagiosos, foi questão de segundos para que o mesmo sorriso que brilhava em Júlia, brotasse no rosto de Carolina.
-Senhorita Carolina, eu estava conversando com a Julinha. Você tem uma filha vitoriosa! -Eu sei, ela é uma guerreira mesmo.- Lágrimas raras de alegria surgiam nos olhos de Carol. -Mamãe, está tudo bem? -Está meu anjo... Graças a você, está sim!
Como o combinado, no dia seguinte, Bernardo e Irene saíram para um almoço casual. Irene o conhecia há muito mais tempo do que poderiam se lembrar. Antes mesmo dele apaixonar-se por Hanna. Irene era quase uma criança enquanto a história de Bernardo com Hanna desenrolava-se. Criada como filha adotiva da família Perini, ela sempre viu Bernardo como seu irmão mais velho, alguém que sempre a ajudava quando ela não tinha mais ninguém.
-É bom ver você melhor Bernardo... Depois de todos esses anos eu cheguei a acreditar que você nunca... -Eu sei... Aquilo que aconteceu, me deixou muitas feridas. Minha sorte foi que conheci minha falecida esposa, Alice. Lembra-se dela? -Lembro. Não tive o prazer de conversar muito com ela, mas pelo o que eu ouvi dizer, a mesma era uma linda musicista. -Era de fato. Eu lamento não ter conhecido ela em tempos melhores. Eu sempre digo que quando ela partiu um pedaço de mim se foi, e quando meu filho também se foi, antes de mim, ele levou consigo o resto do que poderia me fazer ser alguém melhor... -Para lhe ser franca, Bernardo, eu acredito que Alice surgiu em sua vida na hora certa. E esse pedaço que você diz que ela levou quando faleceu, já tinha sido roubado antes mesmo de conhecê-la. -Você pode estar certa.
-Eu estou certa! -E você o que fez da vida depois que saiu de casa? -Passei por bons apertos até conseguir ser dona do meu Hotel... -Eu me lembro... -Você não sabe nem da missa metade... -Por que você não me conta já que estamos aqui? -Eu conheci Juliano, um homem que era 20 anos mais velho do que eu, porém foi a pessoa mais gentil que eu já conheci na vida. Casei-me com ele, mas o mesmo veio a falecer dois anos depois. -Quando foi isso? -Eu tinha uns 23 anos, nessa época você e eu estávamos brigados. -Irene, eu... -Tudo bem, isso faz parte do passado, não tem porque voltar a esse assunto...
-Sabe, você me contando antes sobre o passado, como pode saber de tantos detalhes, Bernardo? -Mesmo depois de todos esses anos eu não consegui me desfazer do diário de Hanna. O Irônico é que até hoje, tem coisas que eu não consigo ler... -O que você se lembra? -Lembro do dia que já havia perdido ela para sempre, mas para isso eu não precisei ler seu diário para saber...
Eu havia quebrado a promessa que fiz a Hanna. Prometi a ela que enfrentaria meu pai por ela, mas eu mais uma vez eu falhei. Enquanto eu me arrumava para acompanha-la ao jantar beneficente que arrecadaria fundos para evitar que o orfanato da cidade fosse destruído pelo meu pai, por um golpe do destino o mesmo entrou em meu quarto e logo percebeu minhas intenções, que para ele significavam traição. Eu devia ter gritado o quanto amava aquela mulher, o quanto não concordava com as atitudes de meu pai, mas em vez disso eu me calei mais uma vez fui influenciado por seu discurso do "politicamente correto". Assim que soube que ela me aguardava na sala de jantar, desci as escadas com o coração apertado. hoje eu reflito, parece que já estava prevendo que depois daquela noite, daquela conversa, as coisas mudariam para sempre entre nós dois... Lembro-me bem... Céus, eu nunca havia visto mulher mais radiante em minha vida. Hanna vestia um vestido azul escuro, o qual realçava o tom alaranjado de seu perfumado e macio cabelo.
-Be... Meu coração mal pode conter toda essa felicidade que estou a sentir. Parece que vou explodir de tão feliz por você me acompanhar hoje. É muito importante para minha pessoa! -Hanna você está... Tão linda...
-A modista da cidade reformou um vestido antigo... -Você é a mulher mais linda que eu ja vi em toda minha vida... -Bernardo, aconteceu alguma coisa? Você parece... Diferente... -Aconteceu sim... Hanna eu... Não sei sem o que dizer... -Diga a verdade.
-Eu não vou com você mais, aconteceu um imprevisto... -Como assim? O que houve? -É... coisa de família..._Sempre fui um péssimo mentiroso. -"Coisa de família"?! -Minha avó, ela... -A sua avó morreu...
Hanna me olhou profundamente com uma expressão de desapontamento a qual eu nunca havia visto antes em sua face. Eu não poderia culpa-la. Nem eu me perdoaria depois dessa tentativa de mentira. -Você está mentindo Bernardo! E se você está mentindo, é por que não tem coragem de ser franco comigo. Se você tem alguma consideração por mim, diga o verdadeiro motivo... -Meu pai eu... -Seu pai? Você ao menos cumpriu com o que me prometeu? -Eu não consegui... -Bernardo... olha quer saber? Estou desapontada com você, mas isso não vai me impedir de ir naquele jantar beneficente, mesmo sem você.
-Você vai sem acompanhante? Um monte de calhordas vão tentar flertar contigo! Vai ficar mal falada. -Pouco me importa com que os outros pensam de minha pessoa, Bernardo! Pensei que já tivesse se acostumado com esse fato. -Mas os rapazes que vão arrastar asa para você?
-Que raio de insegurança é essa? Olha se quer saber, pelo que me consta não somos namorados nem nada, pois você ainda não enfrentou seu pai. Como espera que haja alguma coisa entre nós se você age como tivesse vergonha de mim? -Você sabe que não é isso. Hanna eu te amo! -Não venha dizer que me ama... Amar exige coragem... Amar alguém de verdade é quando olhamos para pessoa e ficamos com vontade de ser a melhor versão de nós mesmos. E acima de tudo, amar nos da a força necessária para lutar contra nossos maiores medos...
-Hanna eu não quero brigar com você... Por favor não duvide dos meus sentimentos. Antes de Hanna voltar a responder, a mesma fechou seus olhos em um suspiro longo e ainda muito despontado como se tivesse criando coragem para olhar em meu rosto novamente. -Está bem Bernardo... Melhor falarmos em outra ocasião...
Hanna levantou-se e seguiu em direção a porta, mas antes da mesma sair a mesma me falou: -Estou decepcionada contigo... Mas mesmo assim vou aquele jantar, pois fiz uma promessa aquelas pessoas que eu amo, e irei cumprir... Até breve. -Até breve Hanna... Desculpe-me mais uma vez...
Das pessoas que ela esperava encontrar naquele jantar, a última delas era aquele rosto que dias atrás havia lhe causado tamanha atração. O jantar havia acontecido, e tudo indicava que eles iam conseguir que o orfanato não fosse destruído. Hanna estava muito contente e ficou para ajudar arrumar o local onde havia acontecido a celebração. E seria naquele momento que seus olhos se cruzariam com o de Miguel mais uma vez...
-Eu sabia que nos reencontraríamos novamente. -Você por aqui? -Sim, eu não podia deixar de participar de algo com uma finalidade dessas. -Céus, eu fico muito agradecida! Toda a ajuda é muito bem vinda,se for para impedir que derrubem aquele orfanato.
-Bem, se eu lhe disser que sei mais do que imagina como aquelas crianças se sentem, você acreditaria em mim? -Eu com certeza gostaria de ouvir mais sobre isso, para então decidir se confio em você. -Hahaha, você realmente é bastante desconfiada, não é? -Acredite quando eu lhe disser que tenho meus motivos para isso... -Bem,o orfanato Santa Mônica foi meu lar até meus três anos de vida. Minha mãe nunca pode engravidar, então adotou-me. Eu não poderia deixar que tirassem a chance de todas aquelas crianças de terem a sorte que eu tive, pois o amor que meus pais depositaram em mim foi algo que me fez perceber o quanto tive sorte...
-É uma linda história, Miguel... São histórias assim que me dão forças para lutar... -E qual é a sua história? E qual é o seu nome, linda moça? Aproveitando a pergunta... -Me chamo Hanna. -É um lindo nome. -Eu fico grata pelo elogio, Miguel. Bem... Você perguntou sobre minha história... Eu passei bons anos fazendo trabalhos voluntários com as crianças daquele local... Elas são incríveis, Miguel! Só de eu pensar no que pode acontecer com elas se quele lugar fechar...
-Eu entendo, Hanna, eu sinto o mesmo. O pior de tudo é conheço o responsável por isso, e, por mais que me doa, eu não posso ficar parado de braços cruzados esperando que um milagre aconteça e ele desista dessa ideia insana. -Concordo com cada palavra! Eu estava desesperada, Miguel! Achava que era a única que se importava com esse lugar...
-Hanna, eu lhe prometo que nunca vai ficar só, agora estou do seu lado, e não pretendo mais sair...
Miguel segurou as mãos de Hanna, como se fosse a coisa mais natural a se fazer, e a mesma não achou aquele ato rude. Na verdade, Miguel havia tocado algo mais importante do que as mãos dela: Tocou seu coração. De uma maneira, inexplicavelmente intensa, por alguns minutos era como se todo o resto não existisse mais.
-Você aceita dar passeio comigo? -Mas não é muito tarde? -A lua está cheia lá fora... Ilumina qualquer canto escurecido. -Um passeio seria bom, então...
Hanna e Miguel saíram porta a fora, deixando o lugar. O que ambos sentiam na presença do outro não era algo que se explicasse, e sim algo que sentisse. Mesmo ele sendo um quase desconhecido, Hanna já sentia que poderia confiar em suas palavras, mas principalmente ouvia seu coração começar a sussurrar que de agora em diante tudo seria diferente.
-Hanna, você é diferente de todas a mulheres que eu já conheci... Um diferente bom, não me entenda mal... -Eu estaria mentindo se dissesse que não penso a mesma coisa em relação a você. -Eu me lembro que disseste que está compromissada... -Eu também achava... Mas de alguma forma, parece que eu estou me enganado... -Ele é um imbecil se deixar você escapar! -Não é bem isso... Na verdade, eu acho que esperar que ele mude, é a mesma coisa que eu admitir para eu mesma que não o amo, como pensei que amava, e sim amo uma idealização do que eu queria que ele fosse... -Hanna eu preciso confessar... Eu não posso garantir que eu não vá me apaixonar por você porque... -Por quê...? -Porque desde que te vi pela primeira vez eu já me sinto como se tivesse ligado a você... Eu sinto atraído pela sua pessoa, de uma maneira cada vez mais forte... -Eu estaria sendo muito atirada se dissesse que me sinto da mesma forma? -Não. Estaria sendo sincera!
O coração de ambos gritou mais alto que a razão, e em um impulso seus lábios ao se tocarem com um toque significativo de desejo, selaram o começo de uma história de amor a qual resultaria em acontecimentos trágicos e feriadas jamais cicatrizadas que retornariam décadas mais tarde...
De volta ao presente... Após um banho quente e demorado, cheio de pensamentos conturbados, eu estava decidia: De hoje não passa! Me olhei no espelho embaçado, que estava bem diante de mim, e de alguma maneira eu soube pelo reflexo que me olhava de volta, que estava para fazer o certo.
-Alô? Oi Marcos... Sim sou eu Isabelle... Eu liguei para te dar minha resposta...
-Pode dizer ao meu pai que eu aceito me encontrar com ele!
Alexandre estava muito preocupado com tudo que estava acontecendo. Ele não parava de se culpar por tudo que estava acontecendo. E para piorar ainda não sabia se Isabelle aceitaria vê-lo para conversar. E com o que estava prestes a acontecer, o mesmo acharia que estava ficando louco. Sentado com Carolina na cafeteria do hospital, Alex percebia que a mãe de Júlia estava em um ponto que mal conseguia comer de preocupação com a menina, então a intimou a comer algo, pelo bem da menina.
-Não adianta fazer essa cara de emburrada, Carolina. -Eu já disse que estou sem fome, Alex. Eu devia estar com Júlia! -Imagina se você desmaia lá? Quer deixar nossa filha pior? -É só por essa razão que eu aceitei comer alguma coisa.
-Você precisa se alimentar Carolina! Saco vazio não para em pé! -Tudo bem, Alex! Você venceu ... Compra um sanduíche para mim. -Assim que eu gosto de ver!
-Meu amor, você quer um sanduíche de... Uma figura familiar lhe apareceu na visão periférica. Alexandre olhou sem hesitar, e quando se deu por conta de quem aquele rosto lembrava, seu coração quase parou... Seria quem ele pensava que fosse?