Aprendendo a Viver | Temporada 1 | Episódio 10
Narrado por Mariana
Cheguei em casa completamente incrédula com a conversa que havia tido com Frans. Eu estava mais aliviada em relação a Camila, mas por por outro lado a maneira com que ele havia falado sobre Joaquim me deixou, para dizer no mínimo com uma pulga atrás da orelha. “…Joaquim não é o que você pena…”, o que será que ele quis dizer com isso? Quando passei a questiona-lo sobre sobre essa frase, Frans desconversou, pediu para eu esquecer… Falar é fácil… Falou justo para a pessoa que se lembra de coisas que aconteceram há mais de dez anos atrás…
Antes de me dirigir ao meu quarto, lembrei-me de que havia prometido falar com minha mãe para lhe explicar o que estava acontecendo, e assim eu fiz. Contei tudo para ela, incluindo o beijo de Joaquim, desentendimento com Mari e os estresses com Eduarda, mas esse ultimo ela não pareceu dar muita atenção, nem sequer um pouco de credibilidade, mas eu decidi não dar importância, pois estava completamente saturada de tantos desentendimentos. Havia sido sincera, e isso que importava. Percebi que ela estava ansiosa, como se estivesse prestes a largar uma bomba, e para minha surpresa, era sim, uma senhora de uma bomba. Daniel havia pedido a mão dela em matrimônio.
- Que?!
- É isso mesmo que você ouviu…
- Mas mãe não é muito cedo para isso?
- Estamos apaixonados, filha… Alem do mais, por que esperar para ser feliz?
- Não sei, me diz você, por que a pressa?
- Ai Mariana, até parece que é você a mãe e eu a filha. Deixa de ser quadrada, garota!
- Tudo bem, mãe, não está mais aqui quem falou… Podemos nos falar mais amanhã? Estou cansada… Preciso de um banho…
- Que?!
- É isso mesmo que você ouviu…
- Mas mãe não é muito cedo para isso?
- Estamos apaixonados, filha… Alem do mais, por que esperar para ser feliz?
- Não sei, me diz você, por que a pressa?
- Ai Mariana, até parece que é você a mãe e eu a filha. Deixa de ser quadrada, garota!
- Tudo bem, mãe, não está mais aqui quem falou… Podemos nos falar mais amanhã? Estou cansada… Preciso de um banho…
Céus, eu não sabia dizer o que estava sentindo mais… Eram tantos sentimentos misturados, que no fim eu nem sabia discernir mais um do outro. Ironicamente tudo terminava exatamente com angústia… Seja a mistura de um monte de sentimentos, o fato frustrante de não identifica-los, a ansiedade para saber o que eu teria de lidar nos próximos dias e, finalmente, medo de enfrentar meus fantasmas… Deus, eu já não conseguia me olhar no espelho mais que era assombrada por esses fantasmas… Quando saí do banheiro dei de cara com Eliot. Ao mesmo tempo em que lancei um olhar surpreso, percebi que recebi dele um olhar um tanto quanto constrangido.
- Já desocupei o banheiro, pode usar…
- Mari espera!
- O que foi? Olha se você for falar mais uma besteira eu juro que…
- Voce me odeia, Mari?
- Já desocupei o banheiro, pode usar…
- Mari espera!
- O que foi? Olha se você for falar mais uma besteira eu juro que…
- Voce me odeia, Mari?
- O que?
- Perguntei se você me odeia?
- Você me pegou de surpresa com essa pergunta… Sabe Eliot, eu tenho anos de mágoas, é verdade, mas não, eu não te odeio… Não conseguiria, você é meu irmão mais velho… Mas isso não muda o fato de eu me sentir como uma rata perto de você.
- Mariana, me escuta, okay? Eu não sabia que o que eu falava te afetava tanto… Talvez, por eu ser um cego, talvez por eu não querer enxergar, mas a questão é que, Mari, eu não de odeio, nunca te odiei! Posso ter sentido um pouco de ciúme antes, mas agora, eu tenho é orgulho de você, não imagina o quanto… Eu sei que não vai ser do dia para noite que eu vou conseguir deixar de ser esse irmão babaca, mas só te peço que me deixe provar que posso mudar…
- Ai Eliot… Me desculpa também… Droga eu sou uma chorona mesmo…
- Eu acho que é de família…
- Perguntei se você me odeia?
- Você me pegou de surpresa com essa pergunta… Sabe Eliot, eu tenho anos de mágoas, é verdade, mas não, eu não te odeio… Não conseguiria, você é meu irmão mais velho… Mas isso não muda o fato de eu me sentir como uma rata perto de você.
- Mariana, me escuta, okay? Eu não sabia que o que eu falava te afetava tanto… Talvez, por eu ser um cego, talvez por eu não querer enxergar, mas a questão é que, Mari, eu não de odeio, nunca te odiei! Posso ter sentido um pouco de ciúme antes, mas agora, eu tenho é orgulho de você, não imagina o quanto… Eu sei que não vai ser do dia para noite que eu vou conseguir deixar de ser esse irmão babaca, mas só te peço que me deixe provar que posso mudar…
- Ai Eliot… Me desculpa também… Droga eu sou uma chorona mesmo…
- Eu acho que é de família…
Eliot abraçou-me muito fortemente e nesse instante eu percebi do quanto eu precisava daquele abraço dele, que na hora fez-me recordar de quando nosso pai me abraçava… Aquele abraço trouxe a mim o sentimento de proteção, de que não estava sozinha… Eliot estava lá…
No dia seguinte tomei café da manhã com minha família, pois minha mãe iria oficializar a bomba de seu casamento. Definitivamente, eu achava uma decisão precipitada ela aceitar o pedido, mas nada eu poderia fazer, exceto rezar para que ela tivesse sorte com Daniel. Havia na mesa um delicioso bolo preparado por minha mãe, o que só deixava mais enfatizado o fato dela estar irradiando felicidade por onde passava. Eu para não fazer desfeita comi um generoso pedaço daquele bolo, mas no mesmo instante em que senti ele descer em meu estômago, uma culpa tomou conta de minha mente e coração.
No dia seguinte tomei café da manhã com minha família, pois minha mãe iria oficializar a bomba de seu casamento. Definitivamente, eu achava uma decisão precipitada ela aceitar o pedido, mas nada eu poderia fazer, exceto rezar para que ela tivesse sorte com Daniel. Havia na mesa um delicioso bolo preparado por minha mãe, o que só deixava mais enfatizado o fato dela estar irradiando felicidade por onde passava. Eu para não fazer desfeita comi um generoso pedaço daquele bolo, mas no mesmo instante em que senti ele descer em meu estômago, uma culpa tomou conta de minha mente e coração.
Sai da mesa antes de todos, com a desculpa de que iria me atrasar para um compromisso e assim que entrei no banheiro perto de meu quarto, fiz mais uma vez o que jurei não repetir… Mas dessa vez eu havia jurado para mim mesma que seria a última vez, afinal eu tinha feito aquilo por que o bolo era muito "pesado e calórico”… Era por isso… “Só por isso…” - Repetia para meu reflexo no espelho, convencendo-me. Ao sair do banheiro, dou de cara com Cristina, que me olhava apreensiva.
- Mari, você ta legal?
- To sim, é só que… o Bolo me fez mal, então eu… Sabe?
- Você saiu correndo da mesa…
- Fica tranquila, eu me sinto melhor agora, juro… Eu não queria que minha mãe se ofendesse comigo, pois o bolo estava dos Deuses…Hahahah!
- É verdade, estava mesmo… Hahahah!
- Mari, você ta legal?
- To sim, é só que… o Bolo me fez mal, então eu… Sabe?
- Você saiu correndo da mesa…
- Fica tranquila, eu me sinto melhor agora, juro… Eu não queria que minha mãe se ofendesse comigo, pois o bolo estava dos Deuses…Hahahah!
- É verdade, estava mesmo… Hahahah!
Depois de minha desculpa esfarrapada, fui obrigada a sair de fato para não causar desconfianças então vesti minha velha roupa de correr, e assim fui. Coloquei meus fones de ouvido e assim fiz, mas não fui muito longe pois estava sem um pingo de fôlego e resistência. Ao caminhar mais devagar, avistei de longe Frans que corria distraidamente. Vestia uma camiseta preta que realça ainda mais seu tom de pele bronzeada. Ele era um rapaz bem atraente, isso eu precisava admitir… Pensei em ir até lá confronta-lo, para descobri o que ele estava omitindo da conversa ontem, mas desisti de ir até lá antes mesmo de dar o primeiro passo. Ao recuperar o fôlego, decidi retornar a minha casa quando dou o azar de no mesmo instante dar de cara com ninguém menos do que Eduarda Mackenzie…
- Mas olha quem eu encontro perdida por aqui… A fura olho…
- Me deixa em paz Garota!
- Eu deixo sim, só parar de me azucrinar!
- Eu azucrinar? Meu Deus, você só pode estar tirando onda com a minha cara… É você que não larga do meu pé!
- Nossa “santa”! Primeiro Joaquim, agora o meu pai e sou eu que te azucrino?
- Do que você está falando? Meu Deus você é doente Eduarda…
- Quer saber, a única dente aqui é você, pensa que alguém como Joaquim pode gostar de você… Se olha no espelho garota! Sabe aquele beijo? Foi tudo fruto de uma aposta!
- Você é mesmo muito baixa garota, acha que eu vou acreditar nisso?
- Se dúvida disso, pergunta você mesmo para ele! Ele está bem ali…
- Você quer saber? É isso mesmo que eu vou fazer, para dar um basta nessas besteiras que você fala!
- Me deixa em paz Garota!
- Eu deixo sim, só parar de me azucrinar!
- Eu azucrinar? Meu Deus, você só pode estar tirando onda com a minha cara… É você que não larga do meu pé!
- Nossa “santa”! Primeiro Joaquim, agora o meu pai e sou eu que te azucrino?
- Do que você está falando? Meu Deus você é doente Eduarda…
- Quer saber, a única dente aqui é você, pensa que alguém como Joaquim pode gostar de você… Se olha no espelho garota! Sabe aquele beijo? Foi tudo fruto de uma aposta!
- Você é mesmo muito baixa garota, acha que eu vou acreditar nisso?
- Se dúvida disso, pergunta você mesmo para ele! Ele está bem ali…
- Você quer saber? É isso mesmo que eu vou fazer, para dar um basta nessas besteiras que você fala!
Eu não aguentava mais aquela garota me jogando tanto veneno, então nem pensei duas vezes em aproveitar uma oportunidade se serviria como basta para tantas mentiras. Joaquim estava mesmo onde Eduarda havia dito. Ele brincava com uma garotinha que deduzi tratar-se de sua irmã, a quem ele havia me falado com tanto carinho. Ele assim que percebeu minha presença abriu um largo sorriso o que acabou sendo refletido em mim.
- Mari!
- Hummmm, então essa é a tal Mariana, Quim? - Disse sua irmã em tom sugestivo.
- Ela mesma, Mel! Mari essa Mel, Mel essa é Mari!
- Prazer, Melissa, seu irmão me falou muito bem de você, sabia? - Ela ficou radiante ao me ouvir e sorriu para Joaquim com muito orgulho.
- Puxa, vida… O prazer é meu!
- Mari!
- Hummmm, então essa é a tal Mariana, Quim? - Disse sua irmã em tom sugestivo.
- Ela mesma, Mel! Mari essa Mel, Mel essa é Mari!
- Prazer, Melissa, seu irmão me falou muito bem de você, sabia? - Ela ficou radiante ao me ouvir e sorriu para Joaquim com muito orgulho.
- Puxa, vida… O prazer é meu!
- Mel, por que você não vai na pracinha brincar com seus amigos enquanto eu falo com essa linda garota?
- Vocês vão beijar na boca? - Essa frase inesperada, de deixou completamente encabulada. Joaquim, riu sem graça e delicadamente enxotou Melissa para os brinquedos do parque.
- Não da bola Mari, sabe como são essas crianças de hoje em dia…
- Ela é adorável, Quim…
- Olha quem falando…
- Quim eu vim até aqui porque precisava lhe perguntar uma coisa
- Pergunte!
- Isso que aconteceu entre nós… é fruto de uma aposta?
- Vocês vão beijar na boca? - Essa frase inesperada, de deixou completamente encabulada. Joaquim, riu sem graça e delicadamente enxotou Melissa para os brinquedos do parque.
- Não da bola Mari, sabe como são essas crianças de hoje em dia…
- Ela é adorável, Quim…
- Olha quem falando…
- Quim eu vim até aqui porque precisava lhe perguntar uma coisa
- Pergunte!
- Isso que aconteceu entre nós… é fruto de uma aposta?
Uma resposta imediata, uma expressão de estranhamento, ou até mesmo sentir-se ofendido com aquela pergunta... Qualquer coisa era melhor do que a expressão de pânico que Joaquim apresentou quando eu questionei. Aquilo não poderia estar acontecendo, Eduarda não poderia estar certa... Ele não seria capaz de fazer isso, ou será que seria? Eu precisava ouvir de sua boca, precisava saber!
- Joaquim eu te fiz uma pergunta... - Respirei fundo antes de continuar, pois sentia que precisava ser firme naquela hora - É fruto de uma aposta?
- Mariana eu... No início eu... Mari você precisa saber que...
-Joaquim, para de enrolar! Por mais que essa sua demora já signifique algo, eu preciso ouvir de você!
-É verdade Mari...
- Joaquim eu te fiz uma pergunta... - Respirei fundo antes de continuar, pois sentia que precisava ser firme naquela hora - É fruto de uma aposta?
- Mariana eu... No início eu... Mari você precisa saber que...
-Joaquim, para de enrolar! Por mais que essa sua demora já signifique algo, eu preciso ouvir de você!
-É verdade Mari...