Aprendendo a Viver | Temporada 2 |Episódio 13 - Ultimo
Narrado por Mariana
Eu entrei no quarto de Emma ainda um pouco sem jeito com aquela situação. Percebia que da parte dela, ela mesma não se sentia muito confortável com fato de eu estar ali. Parecia que tinha muitas coisas a serem ditas, tanto do meu lado quando do lado dela, mas nenhuma de nós duas sabia bem por onde começar, até que Emma tomou a frente.
-Bem, obrigada por ter vindo até aqui… Sei que não é uma hora muito boa para sair na rua a noite.
-Eu li o diário de minha mãe, Emma… Há muitas coisas das quais eu nunca poderia imaginar que aconteceram com ela… Mas eu não posso deixar de perguntar, por que você veio até mim agora? Por que me contou desse passado, o qual minha mãe escondeu tanto?
-Mariana eu… Olha a história é bem mais longa e complicada do que eu poderia te contar agora. Mas é importante que você saiba que… Henry é seu pai biológico… E meu também! Ou seja…
-Nos somos irmãs? Meu Deus… Eu tenho uma irmã…
-Bem, obrigada por ter vindo até aqui… Sei que não é uma hora muito boa para sair na rua a noite.
-Eu li o diário de minha mãe, Emma… Há muitas coisas das quais eu nunca poderia imaginar que aconteceram com ela… Mas eu não posso deixar de perguntar, por que você veio até mim agora? Por que me contou desse passado, o qual minha mãe escondeu tanto?
-Mariana eu… Olha a história é bem mais longa e complicada do que eu poderia te contar agora. Mas é importante que você saiba que… Henry é seu pai biológico… E meu também! Ou seja…
-Nos somos irmãs? Meu Deus… Eu tenho uma irmã…
-Na verdade tem duas…
-Meu Deus…
-Mari, o que eu vou te contar agora vai mudar tudo, você está preparada para ouvir?
-Estou… Va em frente!
-Bem a verdade é houve uma época bem complicada para meu pai, quero dizer nosso pai, antes de tudo que está escrito no diário de sua mãe acontecer. Aproximadamente três anos antes de conhecer Luciana, tio August e ele estiveram envolvidos com drogas, o que resultou que ambos fossem parar em uma clinica de reabilitação. Para nosso pai, essa experiência o fez perceber que precisava tomar um novo rumo em sua vida, cursar medicina! Coisa que depois ele conquistou seis meses após essa situação. Entretanto, o mesmo eu não posso dizer do tio August. Ele ficou furioso por ter sido internado e mais furioso ainda por nosso pai ter preferido os estudos, e mais tarde, sua mãe…
-Meu Deus…
-Mari, o que eu vou te contar agora vai mudar tudo, você está preparada para ouvir?
-Estou… Va em frente!
-Bem a verdade é houve uma época bem complicada para meu pai, quero dizer nosso pai, antes de tudo que está escrito no diário de sua mãe acontecer. Aproximadamente três anos antes de conhecer Luciana, tio August e ele estiveram envolvidos com drogas, o que resultou que ambos fossem parar em uma clinica de reabilitação. Para nosso pai, essa experiência o fez perceber que precisava tomar um novo rumo em sua vida, cursar medicina! Coisa que depois ele conquistou seis meses após essa situação. Entretanto, o mesmo eu não posso dizer do tio August. Ele ficou furioso por ter sido internado e mais furioso ainda por nosso pai ter preferido os estudos, e mais tarde, sua mãe…
-Ela parecia não ir muito com a cara desse August.
-Tio August causou muitos problemas a nosso pai. Houve uma época em que ele precisava de dinheiro e nosso pai conseguiu convencer nosso a avô a dar uma chance para ele, trabalhando com as finanças do hospital o qual ele fazia residência, o que resultou em um desfalque. Nessa época ele já estaca com sua mãe…
-Ta, mas como que ele ficou sabendo?
-Pelo que eu sei, foi no mesmo dia em que ele viu Luciana pela ultima vez. Ele tinha a mais absoluta certeza de que ela tinha um caso com tio August e que também estava envolvida com o desfalque. Depois disso ela foi embora, e ninguém nunca mais sobre dela…
-E como você nos achou? Ou melhor ainda, por que quis nos encontrar?
-Bem… Pouco tempo depois, meu pai conheceu minha mãe… Resultando em mim logo na primeira… Você sabe… Quando eu nasci, a família de meu pai ganhou a minha guarda, porque a mulher que me gerou não me quis. Três anos mais tarde, papai me contou que iria se casar novamente, e foi o que ele fez com Lauren… O que me leva ao motivo de eu estar aqui… Eu tive alguns problemas com meu pai no passado, os quais não vem ao caso agora, mas que resultaram em uma quebra de confiança em mim, então eu não tinha como provar o que ouvi e vi outro dia…
-Que foi…?
-Tio August e Lauren estão planejando ficar com a fortuna de meu pai! Ouvi quando eles falaram sobre. Nesse dia soube do diário de sua mãe que estava até então com a fura olho da Lauren. Encontrei ela nas redes sociais, o que me levou a você… Uma coisa leva a outra…
-Tio August causou muitos problemas a nosso pai. Houve uma época em que ele precisava de dinheiro e nosso pai conseguiu convencer nosso a avô a dar uma chance para ele, trabalhando com as finanças do hospital o qual ele fazia residência, o que resultou em um desfalque. Nessa época ele já estaca com sua mãe…
-Ta, mas como que ele ficou sabendo?
-Pelo que eu sei, foi no mesmo dia em que ele viu Luciana pela ultima vez. Ele tinha a mais absoluta certeza de que ela tinha um caso com tio August e que também estava envolvida com o desfalque. Depois disso ela foi embora, e ninguém nunca mais sobre dela…
-E como você nos achou? Ou melhor ainda, por que quis nos encontrar?
-Bem… Pouco tempo depois, meu pai conheceu minha mãe… Resultando em mim logo na primeira… Você sabe… Quando eu nasci, a família de meu pai ganhou a minha guarda, porque a mulher que me gerou não me quis. Três anos mais tarde, papai me contou que iria se casar novamente, e foi o que ele fez com Lauren… O que me leva ao motivo de eu estar aqui… Eu tive alguns problemas com meu pai no passado, os quais não vem ao caso agora, mas que resultaram em uma quebra de confiança em mim, então eu não tinha como provar o que ouvi e vi outro dia…
-Que foi…?
-Tio August e Lauren estão planejando ficar com a fortuna de meu pai! Ouvi quando eles falaram sobre. Nesse dia soube do diário de sua mãe que estava até então com a fura olho da Lauren. Encontrei ela nas redes sociais, o que me levou a você… Uma coisa leva a outra…
-Meu Deus Emma, por que você não foi direto ao ponto?
-E você iria acreditar em mim? Uma estranha do nada?
-É… Bom ponto! Mas e agora?
-Você precisa vir comigo para Newcrest! Assim que meu pai te ver…
-Emma eu não posso sair assim de Windenburg, estou em pleno ano letivo!
-As ferias de inverno estão logo ali! - Ouço meu celular tocar.
-Mila?
-Alô, Mari? Meu Deus como você está? Eu soube de sua mãe!
-Que, como assim? Aconteceu alguma coisa?
-Mari sua mãe sofreu um acidente de carro, ela está sendo operada nesse instante!
-MEU DEUS!
-E você iria acreditar em mim? Uma estranha do nada?
-É… Bom ponto! Mas e agora?
-Você precisa vir comigo para Newcrest! Assim que meu pai te ver…
-Emma eu não posso sair assim de Windenburg, estou em pleno ano letivo!
-As ferias de inverno estão logo ali! - Ouço meu celular tocar.
-Mila?
-Alô, Mari? Meu Deus como você está? Eu soube de sua mãe!
-Que, como assim? Aconteceu alguma coisa?
-Mari sua mãe sofreu um acidente de carro, ela está sendo operada nesse instante!
-MEU DEUS!
As horas não passavam. Ninguém nos dizia absolutamente nada sobre o o estado de minha mãe… De repente, mais forte do que nunca senti aquela angustia no fundo de meu estômago. Eu jamais me perdoaria se algo acontece com minha mãe. A simples ideia de que o pior poderia acontecer, por si só já me afogava em uma insana culpa por poder ter evitado esse acidente. Quando dei por mim eu estava mais uma vez frente a entrada do banheiro do hospital, quando sinto um puxão em meu braço.
-Eduarda?
-Mariana, não faz isso.
-Eduarda me deixa! Você não sabe de nada…
-Sei mais do que imagina, sei do seu problema com a comida, eu não sou cega!
-Isso não é da sua conta.
-Eduarda?
-Mariana, não faz isso.
-Eduarda me deixa! Você não sabe de nada…
-Sei mais do que imagina, sei do seu problema com a comida, eu não sou cega!
-Isso não é da sua conta.
-Mariana, da para para só por um instante esquecer que você me odeia e me ouvir? Por favor… - Eu não tinha forcas para fazer nada, alem de começar a chorar na frente da ultima pessoa que eu deixaria que visse meu lado mais frágil. Eduarda no mesmo instante em que viu as primeiras lágrimas escaparem de meus olhos, me abraçou.
-É tudo culpa minha…
-Não é não… Você não tinha como saber… Mariana me escuta, ta? Vai ficar tudo bem, você vai ver… Luciana é uma mulher forte, vai se recuperar…
-Você não entende… Eu já passei por isso uma vez, quando perdi meu pai… Não suportarei passar por isso de novo… Não suportarei…
-Ei… Olha para mim, Mari… Você não está sozinha, okay? Tem muitas pessoas que gostam de você… Tem a Mila, tem Frans, Joaquim, meu pai… E por mais que eu odeie admitir… Eu também…
-Ah ta essa é boa!
-É tudo culpa minha…
-Não é não… Você não tinha como saber… Mariana me escuta, ta? Vai ficar tudo bem, você vai ver… Luciana é uma mulher forte, vai se recuperar…
-Você não entende… Eu já passei por isso uma vez, quando perdi meu pai… Não suportarei passar por isso de novo… Não suportarei…
-Ei… Olha para mim, Mari… Você não está sozinha, okay? Tem muitas pessoas que gostam de você… Tem a Mila, tem Frans, Joaquim, meu pai… E por mais que eu odeie admitir… Eu também…
-Ah ta essa é boa!
-Mariana, todas as vezes que eu fui essa vaca com você, foi unicamente porque eu sentia inveja de quem você é…
-Inveja? Mas inveja do que?! Conta outra…
-Inveja pela mãe maravilhosa que você tem, que tem um amor incondicional por você o qual você nem imagina. Inveja pela amizade sincera que você desperta nas pessoas. E principalmente, inveja porque que você não tem medo de se sacrificar por aquilo que acredita…
-Nossa Eduarda… Eu nem sei o que te responder…
-Não responde nada não… Só quero que você esteja bem ciente de que aconteça o que for acontecer, e mesmo que briguemos ou discutiremos futuramente, eu não deixarei você sozinha com essa dor…
-Inveja? Mas inveja do que?! Conta outra…
-Inveja pela mãe maravilhosa que você tem, que tem um amor incondicional por você o qual você nem imagina. Inveja pela amizade sincera que você desperta nas pessoas. E principalmente, inveja porque que você não tem medo de se sacrificar por aquilo que acredita…
-Nossa Eduarda… Eu nem sei o que te responder…
-Não responde nada não… Só quero que você esteja bem ciente de que aconteça o que for acontecer, e mesmo que briguemos ou discutiremos futuramente, eu não deixarei você sozinha com essa dor…
As palavras de Eduarda ficavam sendo repetidas por minha mente a cada minuto. Deixei meu coração ser acolhido pela garota que até algumas horas atrás era a pessoa mais antipática que eu havia conhecido, mas que agora, pelo menos naquele momento, era como se fosse minha irmã. É incrível o rumo que as coisas podem tomar quando uma tragédia acontece. Eu só não sabia dizer se meus olhos haviam finalmente aberto-se para aquela realidade que estava latente, ou de fato esse acidente havia sido para mim como um terremoto o qual como consequência por chacoalhar minha vida, criou novos e improváveis laços…
-Mari? - Camila se aproximou de mim.
-Oi, amiga…
-Como você está se sentindo? Quer que eu leve você para casa e voltamos mais tarde?
-Não, Mila, não sairei de perto de minha mãe…
-Ai, minha amiga… Não tentarei te convencer do contrário… Qualquer coisa que você precisar, basta me ligar, está bem?
-Pode deixar…
-Oi, amiga…
-Como você está se sentindo? Quer que eu leve você para casa e voltamos mais tarde?
-Não, Mila, não sairei de perto de minha mãe…
-Ai, minha amiga… Não tentarei te convencer do contrário… Qualquer coisa que você precisar, basta me ligar, está bem?
-Pode deixar…
Tudo que eu conseguia pensar eram nas lembranças ao lado de minha mãe ao longo de minha vida… Em meu coração podia sentir um calorzinho ao lembrar das noites em que tinha pesadelos e ela está la para dizer que lutarias juntas contra todos os bichos papões.
-Oi… Posso me sentar aqui com você? - Disse Emma um pouco apreensiva.
-Pode sim Emma, eu só estava recordando…
-Pela sua cara devia ser algo bom…
-Era sim… Eu e minha mãe sempre formos muito próximas… Especialmente depois que meu pai faleceu…
-Qual é melhor lembrança que você tem com ela?
-Oi… Posso me sentar aqui com você? - Disse Emma um pouco apreensiva.
-Pode sim Emma, eu só estava recordando…
-Pela sua cara devia ser algo bom…
-Era sim… Eu e minha mãe sempre formos muito próximas… Especialmente depois que meu pai faleceu…
-Qual é melhor lembrança que você tem com ela?
-Tem Várias… Mas acho que uma das minha favoritas foi quando ela fizemos um bolo todo elaborado para o Aniversário de Eliot. Ficou horrível… E nós não conseguimos parar de rir por que no final, fomos obrigadas a fase um bolo relâmpago de cenoura, que deu de 10 a 0 no outro… Foi tão divertido…
-Faz bem recordar dessas época, não é?
-Vou te falar que nem sabia que eu ainda lembrava disso…
-Faz bem recordar dessas época, não é?
-Vou te falar que nem sabia que eu ainda lembrava disso…
Mesmo que eu tivesse acabado de conhecer Emma, sentia me feliz por ela agora fazer parte de minha vida. Emma segurou minha mão, confortando-me nesse momento difícil de uma espera que parecia não ter mais fim, e ao olhar no fundo de seus olhos recordei-me do que ela havia me confidenciado algumas horas atrás, sobre confiança quebrada e decidi questiona-la mais sobre o que se tratava. Seu semblante mudou no mesmo instante.
-Perdão eu não gostaria de ser invasiva…
-Perdão eu não gostaria de ser invasiva…
-Não… Tudo bem… Vais ser bom para mim falar, assim você conhece um pouco mais sobre a minha história. A verdade é que assim como você eu tive uma infância incrível. Meu pai sempre foi meu super herói, mas a medida em que o tempo foi passando eu percebi que tinha algo de errado comigo, e em vez de falar sobre o que me angustia eu preferi guardar. E como você pode imaginar essa angustia virou uma bola de neve. Eu acabei me envolvendo com as pessoas erradas e passei uma época viciada… Até meu pai descobrir e me internar. La na clinica eu conheci uma pessoa que mudou minha vida, porque simplesmente ela me fez enxergar o que eu não queria, seja la por medo ou ignorância de minha parte. Ela me fez enxergar quem eu era. Depois que eu e Rachel recebemos alta, passamos a namorar. Meu pai aceitou que eu era lésbica, e tudo. O irônico é que o fato de Rachel ter me enxergado, e conseguido com que eu abrisse meus olhos, não significou que eu era capaz de fazer o mesmo por ela. Eu não sabia o que ela estava passando, que o vicio dela em heroína era bem mais grave que o meu… Houve um dia em que meu pai pegou a droga no meu quarto, e eu menti que era minha, para que ele não tirasse ela da minha vida… Fato que poderia ter feito toda diferença se naquele dia eu dissesse que era dela. Alem do mais, horas antes ela havia me prometido que iria parar e eu burra acreditei…
-Emma…
-Dois dias depois encontraram o corpo dela no quarto de um motel de fundo de quintal… Ela teve uma overdose…
-Emma não foi sua culpa…
-Eu podia ter feito a diferença!
-Quem sabe, não tem como saber…
-Dois dias depois encontraram o corpo dela no quarto de um motel de fundo de quintal… Ela teve uma overdose…
-Emma não foi sua culpa…
-Eu podia ter feito a diferença!
-Quem sabe, não tem como saber…
O dia amanheceu nublado, exatamente como meu coração. Quando despertei percebi que alguém havia me coberto durante a noite, o que foi muito bom, pois aquela manhã gelada teria no mínimo me resultado uma gripe. Ao olhar ao meu redor percebi uma presença bem familiar não muito distante de mim. Era Frans!
-Mari, como você está?
-Frans?! Eu não esperava ver você por aqui… Você sumiu….
-Falaremos sobre isso outra hora, o que importa para mim é saber como você está?
-Mari, como você está?
-Frans?! Eu não esperava ver você por aqui… Você sumiu….
-Falaremos sobre isso outra hora, o que importa para mim é saber como você está?
Antes que eu pudesse responder, a presença do médico que surgiu atrás de Frans roubou minha atenção. Ele estava com um semblante cansado o que deixava-me atônita por não conseguir decifrar as próximas palavras que definiriam o futuro dos próximos acontecimentos.
-E então doutor?
-Eu sinto muito…
-E então doutor?
-Eu sinto muito…
Continua na terceira temporada!