Aprendendo a Viver | Temporada 2 | Episódio 2
Narrado por Mariana
E la estava eu diante da única pessoa desse mundo que me deixava para baixo simplesmente por estar no mesmo ambiente em que eu estava. Eduarda carregava consigo um ar de superioridade, como se fosse a protagonista do mundo. O pior é que eu sabia que ela tinha todos os motivos do mundo para me odiar: Primeiro porque de certa forma afastei Camila da vida dela, pois de acordo com o que foi me dito, Eduarda sequer procurou ela após o dia em que Camila e eu fizemos as pazes. Segundo, porque até onde eu sabia, eu havia me tornado um dos motivos de brigas entre Quim e ela, sem mencionar o beijo… E por fim, o fato de ter dado uma bofetada em seu rosto naquela festa… O correto seria nos aproximarmos, tentar ao menos ser educadas uma com outra, por nossos pais, mas conhecendo ela isso seria um tremendo desafio.
-Já estou sabendo das novidades… Seu namoro com Frans…
-E o que você tem com isso?
-Eu nada. Só acho tão injusto que primeiro você tenha afastado Camila de minha vida e agora você conseguiu afastar Frans de Joaquim!
-O que, como assim?
-Ora não se faça de sonsa, garota! Você sabe muito bem que por sua causa Frans e Joaquim romperam a amizade!
-Eu não sabia disso Eduarda! Eu nunca quis que isso acontecesse!
-Ah para, né? Pagar de santa para cima de mim…
-Para você que nem me conhece e já fica falando besteiras!
-E falando em não conhecer parece que você não conhece seu namorado tanto assim, pois pelo visto não falam do essencial!
-E o que você tem com isso?
-Eu nada. Só acho tão injusto que primeiro você tenha afastado Camila de minha vida e agora você conseguiu afastar Frans de Joaquim!
-O que, como assim?
-Ora não se faça de sonsa, garota! Você sabe muito bem que por sua causa Frans e Joaquim romperam a amizade!
-Eu não sabia disso Eduarda! Eu nunca quis que isso acontecesse!
-Ah para, né? Pagar de santa para cima de mim…
-Para você que nem me conhece e já fica falando besteiras!
-E falando em não conhecer parece que você não conhece seu namorado tanto assim, pois pelo visto não falam do essencial!
Por mais que eu odiasse admitir, aquilo que Eduarda havia me dito fazia total sentido. Eu precisava conversar urgentemente com Frans para entender o que estava acontecendo. Não fazia sequer uma semana desde que passamos a namorar e eu já estava causando problemas na vida dele. Minha preocupação com essa situação toda foi minimizada no mesmo instante em que chequei meu email, pois lá constava mais uma mensagem daquela pessoa misteriosa. Com o tempo que eu estive na praia nem havia me lembrado dessas mensagens estranhas, pois lá onde eu estava mal havia qualquer sinal de internet. Pela primeira vez, ao começar a ler do que se tratava, percebi que junto a mensagem constava em anexo uma foto, a qual perecia ser antiga, e que logo descobrir tratar-se de minha mãe com uma pessoa a quem tinha visto na vida. Era um homem moreno de olhos azuis e pele bem clara, possivelmente um namorado da época de escola dela. Nesse instante dei-me por conta de que nunca havia conversado sobre seu passado, muito menos sobre os caras com quem ela ja teve alguma coisa. Nem havia terminado de ler aquele email, e já havia decidido questionar minha mãe sobre seu passado, contudo antes de fazer isso, vejo que na ultima linha da mensagem eu havia sido instruída a receber uma caixa que viria pelo correio, e que eu precisava ter muito cuidado com aquilo. Pelo menos eu saberia de onde originam esses emails…
Desci correndo as escadas em busca dessa caixa misteriosa, e quando a encontrei ela parecia estar esperando por mim. Era um embrulho não muito grande e nem um pouco pesado, o qual deixei para abrir quando estivesse em meu quarto. Após subir novamente avistei uma cena muito doce entre Daniel e minha mãe. Era lindo de ver como se olhavam… Seus olhos simplesmente transbordavam daquele sentimento, tão lindo, tão puro… Adoraria me sentir assim um dia… Penso que se tivesse a sorte de encontrar alguém que me fizesse transbordar desse sentimento lutaria com todas as minhas forças por ele… Mas quem sabe eu já tenha encontrado? Quem sabe eu ainda viverei com Frans cada uma dessas etapas?
Já em meu quarto e sem fazer cerimônias eu abro aquele pacote com rapidez e curiosidade, e heis que dou por mim que estou diante de um livro antigo, mas precisamente de um diário antigo. Ao abrir aquelas folhas amareladas pelo tempo, meus olhos simplesmente se recusaram a acreditar naquilo que esta diante deles. Era um diário sim, mas não um diário qualquer, e sim de ninguém menos do que minha mãe! Antes que me atrevesse a ler escuto minha mãe bater a porta de meu quarto forçando-me a esconder aquele objeto estranho.
-Querida, posso entrar?
-Sim, mãe, entre!
-Você me acompanha até o mercado Mari?
-Claro, vou pegar meu casaco e ja desço! - É pelo visto teria que continuar aquela leitura mais tarde… Tratei de esconder aquele objeto suspeito para que não caísse em mãos erradas. Depois disso fui de encontro a minha mãe que me espera impaciente.
-Querida, posso entrar?
-Sim, mãe, entre!
-Você me acompanha até o mercado Mari?
-Claro, vou pegar meu casaco e ja desço! - É pelo visto teria que continuar aquela leitura mais tarde… Tratei de esconder aquele objeto suspeito para que não caísse em mãos erradas. Depois disso fui de encontro a minha mãe que me espera impaciente.
Eu não era uma boa companhia para compras, pois sempre acabava me distraindo. No entanto hoje eu havia um motivo a mais para distrair-me, que era aquele diário antigo de minha mãe. Na verdade para ser honesta, eu não sabia se eu deveria ler, pois afinal condizia com a intimidade de minha mãe, mas mesmo assim, justamente por esse objeto ter parado em minhas mãos dessa forma tão estranha, talvez fosse motivo suficiente para eu abrir uma exceção
Caminhando pelos corredores do supermercado, heis que mais uma vez o destino me prega uma peça e fico diante da ultima pessoa que eu imagina encontrar num lugar como esse.
-Joaquim?
-Mari?! Puxa vida, você está muito bem mesmo…
-Obrigada, Quim… Você também não está nada mal…
-Estou bem para alguém que tem que se virar nos trinta.
-Ué, como assim?
-É uma longa história, mas basicamente é sobre o fato de eu estar trabalhando com um conhecido meu.
-Puxa vida, isso é ótimo!
-Nem tanto… Eu me sinto um condenado, na verdade… Mas enfim… Você e o Frans então…
-Bem… Pois é…
-Quem diria…
-Olha, Joaquim… Melhor eu ir, minha mãe deve estar me procurando feito uma doida por esse mercado.
-Mari eu…
Caminhando pelos corredores do supermercado, heis que mais uma vez o destino me prega uma peça e fico diante da ultima pessoa que eu imagina encontrar num lugar como esse.
-Joaquim?
-Mari?! Puxa vida, você está muito bem mesmo…
-Obrigada, Quim… Você também não está nada mal…
-Estou bem para alguém que tem que se virar nos trinta.
-Ué, como assim?
-É uma longa história, mas basicamente é sobre o fato de eu estar trabalhando com um conhecido meu.
-Puxa vida, isso é ótimo!
-Nem tanto… Eu me sinto um condenado, na verdade… Mas enfim… Você e o Frans então…
-Bem… Pois é…
-Quem diria…
-Olha, Joaquim… Melhor eu ir, minha mãe deve estar me procurando feito uma doida por esse mercado.
-Mari eu…
-O que?
-Bem… Eu apenas desejo que você seja feliz… - Quim deu-me as costas e nesse momento, senti uma forte pontada em meu coração. Algo me dizia que Joaquim estava contendo as verdadeiras palavras que ele desejava ter dito, e que na hora H, havia desistido. Ele nunca havia agido assim comigo, e me senti mal por ele estar agindo agora.
-Joaquim espera!
-Por quê? Para mim está bem claro o que está acontecendo. Você está apaixonada por meu amigo, ou melhor, por meu ex amigo.
-Você está sendo infantil, Joaquim!
-É pelo visto esse é meu jeito.
-Nossa, quer saber? Eu estava me culpando a toa! Pois se tem alguém que deveria estar furiosa, esse alguém sou eu!
-Então se está tão brava, o que faz ainda aqui?
-Nossa! Passar bem!
-Bem… Eu apenas desejo que você seja feliz… - Quim deu-me as costas e nesse momento, senti uma forte pontada em meu coração. Algo me dizia que Joaquim estava contendo as verdadeiras palavras que ele desejava ter dito, e que na hora H, havia desistido. Ele nunca havia agido assim comigo, e me senti mal por ele estar agindo agora.
-Joaquim espera!
-Por quê? Para mim está bem claro o que está acontecendo. Você está apaixonada por meu amigo, ou melhor, por meu ex amigo.
-Você está sendo infantil, Joaquim!
-É pelo visto esse é meu jeito.
-Nossa, quer saber? Eu estava me culpando a toa! Pois se tem alguém que deveria estar furiosa, esse alguém sou eu!
-Então se está tão brava, o que faz ainda aqui?
-Nossa! Passar bem!
Cheguei em casa bufando de raiva, pois estava furiosa com aquela atitude de Joaquim. Eu tinha a melhor das intenções, pois não queria que ele tivesse brigado com um de seus melhores amigos. Mas essa mania que eu tinha de querer resolver os problemas do mundo me fez dar com os burros na água e me decepcionar com Joaquim de vez… Ele não era a mesma pessoa que eu havia conhecido, nem de longe. Essa decepção só poderia significar que aquela pessoa que eu pensava ser Joaquim, na verdade não passava de uma idealização. Mas por que eu estava tão aflita com isso? Se Joaquim fazia birra o problema era dele, não é? Exato! Naquele momento ouvi a campainha tocar e percebi que já estava atrasada para o jantar que havia combinado com Frans. Inicialmente jantaríamos somente eu e ele, mas como minha mãe havia me pedido para conhece-lo, convenci Frans a jantar conosco aquela noite, e depois sairíamos para um pub, já que aquele seria meu ultimo final de semana de ferias.
-Então… Será que sua mãe gostou de mim?
-Hahahaha, e você tem dúvida? Se bobear ela já gosta mais de você do que de mim!
-Não seja boba, minha menina… Mari, eu te achei meio quieta durante o jantar, aconteceu algo?
-Na verdade sim, Frans… Por que você não me falou que havia rompido com a amizade de Quim?
-Ai, céus… Eu não queria que você se preocupasse com isso…
-Duda fez questão de jogar na minha cara…
-Eu suponho que você não tenha mostrado seu lado agressivo novamente a essa garota, não é mesmo?
-Bem… Vontade não faltou…
-Ai Mari… Você vive me surpreendendo sabia? Sua maluquinha…
-Eu vou sentir sua falta Frans… Mal começamos a namorar e você vai estudar em outra cidade… Como vai ser?
-Hei… Eu estarei aqui quase todos os finais de semana, Mari… Prometo que vamos fazer dar certo, você confia em mim?
-Confio de olhos fechados, Frans! - E com os olhos fechados beijei aqueles doces e ternos lábios. É uma pena que em algumas horas eu teria que acordar dessa linda bolha para a tensa realidade de segundo ano do médio que me aguardava…
-Hahahaha, e você tem dúvida? Se bobear ela já gosta mais de você do que de mim!
-Não seja boba, minha menina… Mari, eu te achei meio quieta durante o jantar, aconteceu algo?
-Na verdade sim, Frans… Por que você não me falou que havia rompido com a amizade de Quim?
-Ai, céus… Eu não queria que você se preocupasse com isso…
-Duda fez questão de jogar na minha cara…
-Eu suponho que você não tenha mostrado seu lado agressivo novamente a essa garota, não é mesmo?
-Bem… Vontade não faltou…
-Ai Mari… Você vive me surpreendendo sabia? Sua maluquinha…
-Eu vou sentir sua falta Frans… Mal começamos a namorar e você vai estudar em outra cidade… Como vai ser?
-Hei… Eu estarei aqui quase todos os finais de semana, Mari… Prometo que vamos fazer dar certo, você confia em mim?
-Confio de olhos fechados, Frans! - E com os olhos fechados beijei aqueles doces e ternos lábios. É uma pena que em algumas horas eu teria que acordar dessa linda bolha para a tensa realidade de segundo ano do médio que me aguardava…
Ja de pijama e em casa eu me encontrava preparando-me para dormir, quando vejo uma caixa quase toda destruída em cima de minha cama. Nesse momento recordo-me de que bem escondido estava o tão misterioso diário de minha mãe. Tomei-o imediatamente em minhas mãos e contei até três, antes de começar a folhear aquelas folhas amareladas. No exato momento em que abro o diário, caiu sobre meus pés uma antiga foto, e nela constava algo escrito que simplesmente mudaria tudo...