Follow your dreams and don't forget to smile ;)
Desde que iniciei minha jornada como estudante universitária, comecei a perceber que por mais que eu amasse meu curso, volta e meia haveriam momentos em que eu me sentiria um tanto quanto estagnada, por querer acelerar um pouco esse processo e não ter como fazer isso. Mas sejamos honestos, esse tipo de sentimento perpassa a maioria das pessoas pelo menos uma vez na vida, né? Independentemente da fase, sexo ou contexto em que estas se encontram. Com a terapia eu percebi que está tudo bem eu me sentir assim de vez em quando, pois não existem sentimentos “errados” ou “feios” de serem sentidos. Contudo, reconheço que no meu caso, a vontade de acelerar o processo das coisas da vida de um modo geral, quase sempre emerge de minha ansiedade, a qual, diga-se de passagem, adora bagunçar a minha cabeça quando eu resolvo ignorá-la. Diante disso, achei interessante compartilhar meus medos e expectativas a respeito desta fase de minha formação, a qual tem me colocado em uma posição cada vez menos passiva e mais ativa dentro do curso. Como já havia dito em postagens anteriores, não há um semestre que não seja carregado de ensinamentos que vão muito além daquilo que é proposto pelo curso de Psicologia. Contudo, percebo que para que estas lições sejam cristalizadas em nosso interior é necessário estar totalmente presente nas vivências propostas pelo curso, o que sei muito bem nem sempre ser uma tarefa fácil. Atualmente me encontro no 6º semestre, o qual meus colegas e eu carinhosamente apelidamos de “o limbo”, pois possui a fama de ser o mais extenso de todo o curso. Mas enfim, como mencionei antes, em determinado ponto do curso passamos de uma posição passiva para uma mais ativa, o que em outras palavras eu entendo como meu primeiro contato com pacientes reais. Antes mesmo de imaginar que um dia eu estaria onde estou agora, sempre considerei a vulnerabilidade humana como um dos bens mais preciosos que uma pessoa pudesse confiar a alguém. Ressalto que nesse contexto entendo “vulnerabilidade” como o momento em que sentimentos, emoções e pensamentos são expressos sem a censura do superego daquele que desabafa. Você pode estar se perguntando se depois desse contato com a Psicologia, minha opinião sobre isso tenha mudado. Pois bem, eu lhe respondo sem rodeios que não, aliás, muito pelo contrário. Cada vez mais vejo pessoas incríveis adoecendo por guardarem para si anos e anos de pensamentos afogados em lágrimas amargas, muitas vezes eleitas prisioneiras pela própria pessoa que as carrega. Pessoalmente eu acredito que o motivo de tal ato está relacionado com o péssimo hábito de associarmos os sentimentos desagradáveis de sentir a um estado de fraqueza. Acho que precisamos desmitificar essa ideia de que o problema está no sentimento, pois assim como aqueles que são bons de serem sentidos, estes também possuem uma importante função em nosso crescimento enquanto seres humanos. Ou seja, em outras palavras, o problema real está saber o que fazer quando estes sentimentos surgem em nossas vidas. Eu diria que em primeiro lugar é fundamental que procuremos entender o porquê deles estarem ali, e para isso na maioria das vezes é necessário que o reconheçamos dentro de nós, o que só é possível quando optamos por abaixar a guarda e expressá-los.
O que eu quero dizer com tudo isso? Simplesmente que para mim é uma honra quando confiam a mim um momento de total vulnerabilidade. Torço para nesses primeiros contatos com pacientes reais ocorra tudo bem. Espero do fundo de meu coração que eu seja uma boa Psicóloga um dia, capaz de ajudar as pessoas a terem uma qualidade de vida melhor... |
Sobre mim:Meu nome é Sabina Maria Stedile, tenho 22 anos e estou cursando o 6◦ semestre de Psicologia na Universidade Feevale, Novo Hamburgo - RS. Gaúcha e fã de um chimarrão, independentemente da estação. Gosto de pensar em mim como uma desbravadora da vida! Amo escrever, e almejo um dia publicar meus livros. Em outras palavras, sou apenas uma garota do sul em busca de seu verdadeiro norte. Histórico
Fevereiro 2020
|