Follow your dreams and don't forget to smile ;)
Olá pessoas queridas, tudo bem?
Para ser bem honesta, esta não é a primeira vez que tento escrever sobre minha história acadêmica, que apesar de estar bem no comecinho, já trouxera inúmeras experiências e aprendizados a minha pessoa. Penso que o motivo de minha demora em compartilhar essa experiência seja devido a ela estar constantemente acontecendo, o que me trás certa dificuldade para organizar em minha cabeça tudo aquilo que quero falar. Atualmente, me encontro com 22 anos e no 6º semestre do curso de Psicologia da Universidade Feevale e mesmo que no presente momento muitas dúvidas e incertezas ainda perdurem em minha mente, possuo uma verdade cristalizada em meu coração: Antes de compartilhar sobre minhas expectativas em relação às disciplinas desse semestre quero comentar sobre o quanto pode ser assustador, em um primeiro momento, quando nos damos por conta do quão rápido às circunstâncias daquilo que estamos habituados podem mudar
Se eu tivesse que definir meu semestre em uma palavra, esta seria experiência. Com o passar dos dias fica cada vez mais claro para mim que o autoconhecimento é acima de tudo um ato de coragem. Não digo isso apenas para enfatizar a importância da psicoterapia na vida de uma pessoa, visto que esta pode sim contribuir para esse processo. Venho constantemente percebendo que a percepção acerca de nossa própria identidade modifica-se a cada experiência que nos permitimos viver, e com permitir eu quero dizer que as vezes nós deixamos de vivenciar alguns momentos por medo do desconhecido. Não estou querendo dizer que você deva viver de modo insano sem medir quaisquer consequências, mas sim que quando tomamos consciência de nossos atos e arriscamos desbravar o desconhecido é que temos a maior oportunidade autoconhecimento. É libertador sentir que está vivendo o aqui e agora.
Desde que iniciei minha jornada como estudante universitária, comecei a perceber que por mais que eu amasse meu curso, volta e meia haveriam momentos em que eu me sentiria um tanto quanto estagnada, por querer acelerar um pouco esse processo e não ter como fazer isso. Mas sejamos honestos, esse tipo de sentimento perpassa a maioria das pessoas pelo menos uma vez na vida, né? Independentemente da fase, sexo ou contexto em que estas se encontram. Com a terapia eu percebi que está tudo bem eu me sentir assim de vez em quando, pois não existem sentimentos “errados” ou “feios” de serem sentidos. Contudo, reconheço que no meu caso, a vontade de acelerar o processo das coisas da vida de um modo geral, quase sempre emerge de minha ansiedade, a qual, diga-se de passagem, adora bagunçar a minha cabeça quando eu resolvo ignorá-la. Diante disso, achei interessante compartilhar meus medos e expectativas a respeito desta fase de minha formação, a qual tem me colocado em uma posição cada vez menos passiva e mais ativa dentro do curso.
Cursar Psicologia tem sido fantástico a minha pessoa de um modo que ás vezes me faltam palavras para conseguir descrever. Nesse semestre não foi diferente. Como sempre, fui surpreendida logo de cara pelo inesperado que trouxe à mim novas perspectivas sobre aquilo que eu quero pra meu futuro, bem como o que é preciso fazer para chegar lá. No entanto, acredito que o que mais me marcou durante os primeiros meses de 2019 foram os muitos insights sobre minha própria pessoa. Cada vez mais percebo que o autoconhecimento é um ato de coragem...
Às vezes pode ser mais difícil do que parece conseguir manter as coisas em equilíbrio tanto em meu interior quanto em meu exterior. Especialmente porque não é incomum me sentir em um campo de guerra com os olhos vendados e os punhos amarrados. Como uma típica estudante de Psicologia, é normal que com o tempo adquiramos uma certa facilidade para enxergar, bem como compreender aspectos do funcionamento psicodinâmico do ser humano, o que eu honestamente acho fantástico. Todavia, existe algo que realmente eu considero como um "ônus" de ter essa habilidade mais aguçada. O fato de enxergarmos e/ou compreendermos os fenômenos comportamentais de um indivíduo, não necessariamente (para não dizer na grande maioria das vezes) significa que possamos intervir. Imagine um bombeiro diante de um prédio em chamas ser impossibilitado de ajudar? é mais ou menos assim que eu me sinto perante meus conflitos externos e pessoais. Mas sabe de uma coisa? tem algo de muito fascinante a ser aprendido nesses momentos agonizantes. O movimento de nos colocarmos no lugar do outro é uma rica oportunidade para conhecer aspectos interessantes sobre o nosso próprio funcionamento. O que a dor do outro desperta em mim? por que desperta em mim? o que posso eu aprender com essa dor?
Volta e meia, vem alguém e me pergunta a seguinte questão:“Sabina, como tu escolheu a Psicologia?” Honestamente? Gosto de pensar que a Psicologia me escolheu, pois no inicio dessa jornada eu estava completamente confusa, não somente sobre minhas escolhas, mas também sobre meus sentimentos naquele período de final de ano e término de ensino médio. Obtive a inspiração para esse post após minhas aulas sobre a Orientação Vocacional e Profissional, as quais fizeram-me constantemente entrar em contato com a pessoa que eu era antes de me encontrar nesse curso. Lembro-me como se fosse ontem dos muitos anseios e receios que perpetuavam em minha mente e coração durante a transição do status "Adolescente de ensino médio" para "uma jovem adulta universitária", mas para que eu possa contar minha experiência, precisarei voltar alguns meses antes do vestibular, quando eu era apenas uma adolescente de 17 anos com receios sobre o futuro:
Sabe aquela necessidade de compartilhar algo muito importante para você com alguém? Pois então, no momento sinto essa “necessidade" exorbitar dentro de mim, e já que o espaço desse “alguém” não está exatamente preenchido, você que está lendo será meu confidente! Bem, pelo menos por agora… Sem mais rodeios, hoje após a saída de uma daquelas aulas que para mim não precisava mais ter um fim, senti uma grande vontade de expressar como tenho me sentindo nessa altura do campeonato, o que em outras palavras significa contar como está sendo para mim, hoje, estar cursando o quinto semestre de Psicologia.
|
Sobre mim:Meu nome é Sabina Maria Stedile, tenho 22 anos e estou cursando o 6◦ semestre de Psicologia na Universidade Feevale, Novo Hamburgo - RS. Gaúcha e fã de um chimarrão, independentemente da estação. Gosto de pensar em mim como uma desbravadora da vida! Amo escrever, e almejo um dia publicar meus livros. Em outras palavras, sou apenas uma garota do sul em busca de seu verdadeiro norte. Histórico
Fevereiro 2020
|