Aprendendo a Viver | Temporada 2 | Episódio 1
Narrado por Mariana
Alguns meses após o casamento de minha mãe com Daniel haviam passado-se e desde aquele dia muitas coisas em minha vida mudaram. Posso começar contando o que resultou daquele beijo com Frans: Bem… Ele me beijou, o fato é esse e, honestamente eu não posso dizer que fui pega de surpresa como o aconteceu com Joaquim, pois eu aos poucos vinha suspeitando que uma hora isso poderia vir a acontecer. Frans não me pressionou e nem se desculpou após aquele beijo. Tudo o que ele fez foi olhar bem fundo de meus olhos, fazendo-me perceber em seu olhar uma absoluta serenidade. Após aquele beijo o senti mais presente do que nunca em minha vida, e apesar de não falarmos sobre o ocorrido, sentia-me muito desconfortável por saber de seus sentimentos por mim. Era algo completamente inédito em minha vida, e justamente por ser inédito era muito assustador.
Enquanto minha mãe estava em lua de mel com Daniel, eu preferi viajar junto a Camila e sua família para a praia. Estávamos muito mais próximas do que antes e essa proximidade me fazia bem. Era bom ter uma amiga no meio de toda essa confusão com Joaquim, Eduarda, emails anônimos e inseguranças sobre quem eu deveria ser.
Enquanto minha mãe estava em lua de mel com Daniel, eu preferi viajar junto a Camila e sua família para a praia. Estávamos muito mais próximas do que antes e essa proximidade me fazia bem. Era bom ter uma amiga no meio de toda essa confusão com Joaquim, Eduarda, emails anônimos e inseguranças sobre quem eu deveria ser.
-Você está meio quieta, Mari… No que pensa tanto?
-Hum… Existe uma palavra que descreva um aglomerado de confusões?
-Olha… Se existe eu não sei, mas de uma coisa eu tenho certeza: Você está muito estranha desde o casamento de sua mãe.
-Ah, bem sobre isso… Camila eu não vou mentir para você, algo de fato aconteceu naquele casamento, que mexeu comigo…
-Fala logo, Mariana, que eu ainda não aprendi a ler mentes.
-Eu e seu irmão nos beijamos, foi isso…
-Ah é isso? Eu achei que era algo de grave…
-Você já sabia? É porque cargas da água não falou?
-Ué, eu vou saber que ficou encasquetada com isso…
-E o que você acha?
-Eu já te considero minha irmã, sua louca, obvio que adoraria te ter como cunhada… Mas Mari, você ainda pensa no Joaquim?
-Bem… Para ser honesta, as vezes eu penso… Mas tenho certeza que é questão de tempo para esquecer de vez do passado, não é?
-É… E o fato dele não estar mais la na escola ajuda a não ficar remoendo o passado…
-Hum… Existe uma palavra que descreva um aglomerado de confusões?
-Olha… Se existe eu não sei, mas de uma coisa eu tenho certeza: Você está muito estranha desde o casamento de sua mãe.
-Ah, bem sobre isso… Camila eu não vou mentir para você, algo de fato aconteceu naquele casamento, que mexeu comigo…
-Fala logo, Mariana, que eu ainda não aprendi a ler mentes.
-Eu e seu irmão nos beijamos, foi isso…
-Ah é isso? Eu achei que era algo de grave…
-Você já sabia? É porque cargas da água não falou?
-Ué, eu vou saber que ficou encasquetada com isso…
-E o que você acha?
-Eu já te considero minha irmã, sua louca, obvio que adoraria te ter como cunhada… Mas Mari, você ainda pensa no Joaquim?
-Bem… Para ser honesta, as vezes eu penso… Mas tenho certeza que é questão de tempo para esquecer de vez do passado, não é?
-É… E o fato dele não estar mais la na escola ajuda a não ficar remoendo o passado…
Pensar em Joaquim não deveria ser um problema, pois pela lógica ele era apenas uma pessoa que fez parte de um pequeno pedaço de minha vida, então por que sua imagem volta e meia pairava sobre meus pensamentos? Será que existia alguma forma de não pensar em uma outra pessoa?
-Mari? - De repente Frans surge ao meu lado. Inicialmente Frans não havia viajado comigo e Camila, pois ele precisava resolver alguns assuntos de sua matricula na universidade, para só depois viajar até nós.
-Frans! Que bom ver você…
-Eu digo o mesmo… Estava com saudades de você, Mari…
-Irmãozinho! - Falou Camila.
-Falou a giganta! Hahahahah!
-Mari? - De repente Frans surge ao meu lado. Inicialmente Frans não havia viajado comigo e Camila, pois ele precisava resolver alguns assuntos de sua matricula na universidade, para só depois viajar até nós.
-Frans! Que bom ver você…
-Eu digo o mesmo… Estava com saudades de você, Mari…
-Irmãozinho! - Falou Camila.
-Falou a giganta! Hahahahah!
Tínhamos a casa só para nós três, pois os pais de Camila e Frans haviam saído para um encontro com outros amigos de longa data. O problema é que nem eu, nem Mila e muito menos Frans sabíamos como cozinhar algo para o jantar. Foi uma confusão, que poderíamos ter resolvido simplesmente se tivéssemos lembrado que na praia também existia tele-entrega. O clima estava bem tranquilo e leve entre nós, até consegui levar na esportiva as olhadas sugestivas que Camila dava em minha direção sobre seu irmão.
-Bem, Queridos… Está na hora do meu soninho de beleza, vou indo nessa!
-Bem, vai la cabrita! - Nesse momento Camila sussurra em minha direção algo que interpretei como “Aproveita garota”. Quando me dei por conta do que que ela realmente estava querendo dizer, aquele clima leve deu lugar para um intenso nervosismo. Era de fato a perfeita oportunidade para que o beijo se repetisse, e possivelmente algo mais… - Mari… Você estaria a fim de caminhar pela praia agora?
-Bem, Queridos… Está na hora do meu soninho de beleza, vou indo nessa!
-Bem, vai la cabrita! - Nesse momento Camila sussurra em minha direção algo que interpretei como “Aproveita garota”. Quando me dei por conta do que que ela realmente estava querendo dizer, aquele clima leve deu lugar para um intenso nervosismo. Era de fato a perfeita oportunidade para que o beijo se repetisse, e possivelmente algo mais… - Mari… Você estaria a fim de caminhar pela praia agora?
-Mas agora? Bem, claro, por que não?
Parecia como uma daquelas cenas de novela das nove: Duas pessoas caminhando na beira da praia sob a luz do luar, soava até bem cliché, mas quem não gosta de um cliché de vez em quando?
-Você está bem tensa, Mariana…
-Ai Frans, eu não sei fingir o que eu sinto… É que desde aquele nosso… Beijo, eu me sinto diferente com você…
-Mas é um diferente bom, não é?
-Bem… é!
-Mari, eu não quero que você se assuste com o que eu vou falar, tudo bem?
-Okay, mas você já está me assustando…
-Mari, eu gosto muito de você, na verdade mais do que você pode imaginar… Eu não sei dizer desde quando, mas algo em você me encanta profundamente… Desde aquele beijo que eu não paro de pensar em você… Na verdade em nós… Mari, o que eu quero te perguntar é… Você aceita namorar comigo?
Parecia como uma daquelas cenas de novela das nove: Duas pessoas caminhando na beira da praia sob a luz do luar, soava até bem cliché, mas quem não gosta de um cliché de vez em quando?
-Você está bem tensa, Mariana…
-Ai Frans, eu não sei fingir o que eu sinto… É que desde aquele nosso… Beijo, eu me sinto diferente com você…
-Mas é um diferente bom, não é?
-Bem… é!
-Mari, eu não quero que você se assuste com o que eu vou falar, tudo bem?
-Okay, mas você já está me assustando…
-Mari, eu gosto muito de você, na verdade mais do que você pode imaginar… Eu não sei dizer desde quando, mas algo em você me encanta profundamente… Desde aquele beijo que eu não paro de pensar em você… Na verdade em nós… Mari, o que eu quero te perguntar é… Você aceita namorar comigo?
Quando me dei por conta havia respondido a pergunta de Frans, e em uma questão de instantes mudei meus status de solteira para em um relacionamento sério, o que em outras palavras significa que agora eu e Frans estávamos namorando. Obviamente, contei ainda naquela noite as novidades a Camila e ela quase pulou de felicidade quando eu revelei os últimos acontecimentos. Sentia algo estranho dentro de mim, era como se alguma coisa não fizesse sentido, pois se eu estava namorando, e com alguém como Frans que parecia gostar sinceramente de mim, o certo era eu estar pulando de alegria, então por que eu estava sentindo essa angústia sufocante? E mais grave ainda, por que quando eu aceitei o pedido de Frans, eu havia pensado em Joaquim… Eu precisava parar de ficar me lembrando de Quim… Senão nunca conseguiria seguir em frente… As lembranças iriam passar, eu precisava crer nisso…
A culpa tomou o controle mais uma vez. Tudo o que eu queria era não me sentir essa estranha sensação, pois era como estar de mão atadas. Estava sendo controlada pelo medo. Eu jurei a mim mesma que jamais tornaria a fazer aquilo que tanto me feria por dentro, mas tinha medo, muito medo de perder o controle outra vez, e foi justo esse medo que me levou a atacar a geladeira naquela madrugada. Sentia-me arrependida no mesmo instante em que ingeria aquele alimento. E mais uma vez me encontrei sufocada pela angustia de voltar a engordar, o que motivou a minha busca pelo banheiro mais próximo. Contudo, pela primeira vez eu não havia percebido que não estava sozinha naquela cozinha, pois estava sendo observada por ninguém menos que Camila, que ficou furiosa comigo por estar me submetendo a isso… Obvio que não queria ter deixado ela zangada, mas Camila não me entendia… Não sabia como era viver em uma guerra com seu próprio corpo. Eu prometi que jamais tornaria a fazer algo assim, mas dessa fez pretendia cumprir.
Decidi contar as novidades para minha mãe pessoalmente, mas quem acabou tendo uma surpresa fui eu, pois descobri que Eliot, Eduarda e eu ganharíamos um irmãozinho. Minha mãe estava radiante com a notícia, pois ela também foi surpreendida;
-Mas como isso aconteceu?
-Ora Mari, não preciso contar a história das cegonhas novamente, preciso?
-Ai, mãe desculpa! Eu estou feliz por você, apenas surpresa.
-Você não é única, ai minha filha… Estou tão feliz por você e por meu genro Frans… Aliás eu acho que temos que fazer um jantar para nos conhecermos pessoalmente.
-Pode deixar que eu falarei com ele, mãe…
-Mas como isso aconteceu?
-Ora Mari, não preciso contar a história das cegonhas novamente, preciso?
-Ai, mãe desculpa! Eu estou feliz por você, apenas surpresa.
-Você não é única, ai minha filha… Estou tão feliz por você e por meu genro Frans… Aliás eu acho que temos que fazer um jantar para nos conhecermos pessoalmente.
-Pode deixar que eu falarei com ele, mãe…
Após a breve conversa com minha mãe, precisava subir com minha mala e arrumar minhas coisas nos devidos lugares, pois como eu não tinha muita experiência com viagens de ferias acabei colocando mais roupas que deveria em minha mala, o que significava que talvez demorasse um pouco para organizar minhas coisas em seus devidos lugares. Haviam sido feitas algumas mudanças dentro de casa, pois como agora Daniel e Eduarda haviam mudado-se para nossa casa, estava tudo uma verdadeira zona. Enquanto desviava das caixas de mudança, heis que bem a minha frente dou de cara com minha nova irmã.
-Olá, irmãzinha!
-Eduarda...
-Olá, irmãzinha!
-Eduarda...