Follow your dreams and don't forget to smile ;)
De todos os vícios comportamentais que eu tenho, este mais demorei a perceber. Desde que me entendo por gente sempre tive um medo absurdo de que alguém dissesse algo desagradável a meu respeito e por isso passei anos dedicando grande parte de minha energia em ser apenas neutra, o que para mim significava nunca chamar atenção. Contudo quanto eu mais me esforçava para ser o tipo de pessoa que eu queria, mais me sentia pequena e insignificante, era como nadar contra correnteza. Eu tenho a mais absoluta certeza de que ninguém próximo a mim podia sequer supor o quão angustiada me sentia por me considerar um fracasso, e por mais que eu soubesse que tornava-me a pior inimiga de mim mesma quando pensava tão criticamente a respeito de minha pessoa, simplesmente não conseguia evitar sentir-me assim. Quando resolvi chutar o balde e ensurdecer meus ouvidos a opiniões negativas, passei a buscar a ser outro tipo de pessoa, pois não queria me sentir mais invisível. uma vez li em algum lugar que passamos a nos reconhecer como indivíduos quando passamos a nos reconhecer em um grupo, ao analizar o contexto em que somos inseridos, como uma terceira pessoa. Penso que dali nasceu a tão criticada auto comparação. Ao meu ver, não compararmos uma situação com outra, ou a nós mesmos com alguém, é praticamente impossível, e que fique claro, não estou dizendo que isso é bonito, nem muito menos que essa ação é certa, até porque o ser humano não é belo e correto em sua plenitude, não é mesmo? Entretanto, é uma imperfeição que precisamos lidar, a qual muitas pessoas tem mais habilidades do que outras em controlar. Todavia esse texto não é referente a estas e sim ao outro grupo de pessoas que sofrem todos os dias com isso (Me incluindo nesta última. Esse texto, infelizmente não oferecerá soluções mágicas para nossos pensamentos rebeldes e distorcidos, contudo fará com que hajam mais fatores a se acrescentar nessa equação que atualmente resulta em mais pensamentos ruins sobre si, do que bons! "FULANO É MAIS QUERIDO DO QUE EU"
"Algumas pessoas simplesmente tem o dom de se encaixar em todos os grupos, enquanto eu custo a me sentir confortável perto de novas pessoas, e por mais eu lute, simplesmente não consigo ser diferente, pois ainda sinto que sou excluída pela maioria", foi isso que encontrei anotado em várias passagens de antigos diários meus, ou seja, realmente me senti assim em mais momentos do que eu poderia contar. Hoje eu penso mais sobre esse sentimento que tanto fez parte de meus pensamentos, e foi justamente pensar sobre que me fez reduzir o numero de vezes que eu sentia-me assim. Não, não é mágica, e sim a busca pelo sentido de tal pensamento. Não adiantava eu tentar ser o que eu não era, pois eu sempre fui mais reservada e fechada, ou seja, no fundo era a morte me expor em totalidade para pessoas que não tinha nada a ver com aquilo que me importava de fato. Não havia motivos para ficar filosofando sobre como seria viver no passado, ou como será nosso planeta no futuro com alguém que preferia ficar falando mal dos outros, ou ficar falando de coisas que não me interessavam, pois da mesma forma em que eu tinha meus gostos, outras pessoas tinham os delas. E tudo bem. Fulano realmente gostava de coisas que a maioria curte e era muito mais desencanado do que eu, e tudo bem, pois da mesma forma em que ele era feliz assim, eu também poderia ser feliz com meu jeito mais fechado e meu grupo de amigos menor! "CICRANO É MAIS BONITO DO QUE EU" Que atire a primeira pedra quem nunca pensou assim uma vez na vida. Contudo isso que já um um problema por si só, pode vir a se tornar ainda mais grave, pois sentir-se belo é algo que está totalmente ligado a autoestima de alguém e quando esse pensamento deixa de se apresentar em nossa mente basicamente paramos de acreditar que somos capazes de alcançar algo que almejamos. Eu fiquei anos sofrendo por desacreditar em mim, o que como vocês podem imaginar é gerou conflitos em mim mesma e dificultou minha vida, pois envolvia muito mais do que eu pensava sobre minha aparência. De uns tempos para cá passei por algumas crises existenciais que fizeram-me questionar o tipo de pessoa que eu queria me tornar. Quando dei por mim, essa resposta era muito diferente do que eu supunha que fosse, pois em nada parecia com o padrão de ideais da sociedade, e foi quando eu comecei a trabalhar para ser essa pessoa que eu sonhava em ser que minha relação comigo mesma começou a mudar. Não serei hipócrita a dizer que eu me acho a pessoa mais plena desse mundo, pois da mesma forma em que nos estressamos com os que nos circulam, também é normal AS VEZES nos estressarmos conosco, pois como falei em um texto anterior, nunca estarmos satisfeitos é importante pois é disto que nasce a força de vontade para correr atras dos nossos sonhos e a partir disso, viver. "BELTRANO É MAIS RICO DO QUE EU, LOGO É MAIS FELIZ" Dinheiro é bom, mas será que só ele basta para ser feliz? A todo momento somos bombardeados por cenas do que parece uma vida perfeita, seja pela televisão ou pelas pessoas que seguimos nas redes sociais. Cansei de me sentir mal por saber que JAMAIS iria ter a vida de algumas blogueiras que eu acompanhava, e estou falando no quesito financeiro dessa vez. Viagens para o exterior, maquiagens caríssimas, quarto perfeito, casa perfeita, e por saber que minha vida jamais seria como as dessas pessoas mais afortunadas sentia me muito mal, como se eu fosse inferior. Esse paradigma não foi tão difícil de romper, pois meus olhos começaram a se abrir para a vida e ver (pessoalmente) Que por mais que as pessoas tivessem acesso a um pouco mais de conforto, em nada significava que estas era felizes em seu contexto, pois já vi com meus próprios olhos o quanto algumas pessoas sofrem, por exemplo, que seus pais não dão atenção (de verdade), pressões que caem sobre os ombros delas que envolvem escolha de uma carreira que os pais consideram ideal, a pessoa ter algum transtorno psicológico e os familiares nomearem como rebeldia, ou preguiça. As mentes que mais gritam residem nas pessoas que menos falam. E isso são apenas poucos exemplos, pois a lista é enorme. Ao dar uma maior atenção a realidade e toda sua podridão, tive a plena convicção que a felicidade reside em todos os contextos sociais e que para ser alcançada depende de como escolhemos enxergar o nosso dia: Focando nas coisas ruins ou boas? Sabemos que estamos felizes quando tudo que conseguimos sentir é verdadeira gratidão a vida. "NEUTRANA É INFINITAMENTE MAIS INTELIGENTE" Cansei de ficar triste por nunca ter a mesma desenvoltura que algumas pessoas possuíam nas aulas, pois pareciam que tinham total domínio sobre as matérias das aulas, enquanto eu não tinha nem a metade, mesmo estudando por muitas horas (o que eu considerava estudar pelo menos). Lembro me do dia em que fiz o Enem, cheguei em casa totalmente esgotada. Quando fomos a aula, dias após essa prova infernal, todos da turma ficavam comparando os acertos e adivinhem? A maioria tinha ido muito melhor do que eu de fato. Lembro-me que pedi para ir ao banheiro a professora e ao chegar lá desabei em lágrimas, tudo o que eu queria era me punir de alguma forma (esse ano foi um dos mais complicados emocionalmente de toda minha vida). Lembro que minha amiga me encontrou aos prantos no banheiro e me abraçou dizendo que tudo ia ficar bem e toda essa pressão que sentíamos iria passar, sabe de uma coisa, ela estava certa. Essa prova em nada influenciou no meu regresso a universidade. Ultimo ano do ensino médio é o mais difícil de todos aqueles que ja passamos, principalmente pela gigante carga de pressão que sofremos. Ao passar do tempo, já apaixonada pelo meu curso, me vi tranquila comigo e o mundo, pois havia formas mais eficazes de aprender aquilo que precisava e adorava, e tudo tem ficado bem, apesar de eu ainda ser um pouco neurótica com minhas notas. "GELTRANA É MAIS INTERESSANTE DO QUE EU, NÃO TENHO CHANCE" Esse pensamento me ocorria quando eu percebia que estava atraída por alguém, quer dizer, eu e mais 30... E as geltranas eram JUSTAMENTE aquele tipo de pessoa que eu me sentia intimida, e ouso dizer que muitas outras. Nos sentimos intimidados por aqueles que consideramos melhores do que nós e isso acontece porque NÓS MESMOS colocamos estas em um pedestal imaginário, para nós é real. É como se estivéssemos diante daquilo que tanto desejamos ser, mas que não somos, e justamente isso faz com que julguemos essas pessoas como superiores a nós o que nos leva a imaginar que, nesse exemplo, não teremos a mínima chance em conquistar o tal, ou a tal pretendente. Esse sentimento está diretamente ligado a questões de nossa autoestima, que quando estiver baixa, você não conseguira ver o quanto é alguém maravilhoso e que merece ( e pode conquistar ) o melhor que o mundo tem a oferecer. É preciso internalizar a noção de que a igualdade que nos uni é justamente a diferença que nos individualiza, ou seja, não existem pessoas superiores a nós por suas qualidades, contudo essa ilusão que pensamos existir surge porque diferentes dessas pessoas, nós não reconhecemos nossos atributos únicos, provavelmente por conta de uma baixa autoestima, ou falta de autoconhecimento! |
Sobre mim:Meu nome é Sabina Maria Stedile, tenho 22 anos e estou cursando o 6◦ semestre de Psicologia na Universidade Feevale, Novo Hamburgo - RS. Gaúcha e fã de um chimarrão, independentemente da estação. Gosto de pensar em mim como uma desbravadora da vida! Amo escrever, e almejo um dia publicar meus livros. Em outras palavras, sou apenas uma garota do sul em busca de seu verdadeiro norte. Histórico
Fevereiro 2020
|