Follow your dreams and don't forget to smile ;)
Mais uma vez de volta ao aeroporto, aguardávamos nosso embarque com uma certa ansiedade. Posso dizer que depois de tanto estar em aeroportos nessa viagem, peguei um certo trauma, pois em todo lugar em que precisávamos passar nossas malas em um raio x, um policial resolvia me revistar de cima a baixo, com um humor de elefante com dor de barriga. Depois de passar por isso, acho que vou começar a cuidar mais de minha aparência, pois pelo visto eu estava parecendo com um terrorista prestes a largar uma bomba no avião. Depois de esperar uma eternidade para embarcar, pude finalmente entrar no avião. Foi muito mais divertido o vôo do Panama à Toronto, pois sentei ao lado do garoto que tinha a idade mais próxima a minha. Lorenzo. Além de rirmos de absolutamente tudo, em nossa frente havia uma pequena tela, com várias opções de filmes que eu gosto. Dentre eles, Interstellar e Perdido em Marte, filmes que eu adoro muito. Faltando uma hora para pousarmos comecei a perceber que estava mais cansada do que imaginava, a ponto de pegar no sono quando eu estava apenas piscando. Acordei bem suavemente com o pouso brutal do avião. Um fato engraçado é que eu nunca vi um avião demorar tanto para taxear quanto aquele. Acho que o fato da pista não ter mais fim ajudou. Finalmente em terra firme, demorou mais uns 10 minutos para encontrarmos o resto do pessoal, e quando encontramos, só nos restava aguardar na fila da imigração. A essa altura, era quase uma hora da manhã e tudo que nos separava de Toronto era algumas perguntas do policial. Como eu estava completamente sem sorte, adivinhem se eu não peguei o policial mais brabo de todos. Geralmente eles te perguntam o que você vai fazer no país deles, se você veio sozinho, e quanto tempo você pretende ficar. É interessante eu comentar que eu não sou fluente em inglês, e esse não me deixava nem um pouco a vontade, piorando a situação. Era a primeira vez que eu estaria sozinha me comunicando, com alguém com cara de poucos amigos devo acrescentar. O que dizer da primeira vez que eu falei com um gringo? Com certeza foi algo inesquecível, por mais que ele tivesse com a mesma cara com que eu fico quando estou com fome. É uma sensação muito louca. Para algumas pessoas eu sei que é como se tivesse uma alavanca no cérebro que puxada, faz com que a língua inglesa torne-se perfeitamente compreensível. Quase que como quando mudamos o idioma de um filme para a versão não dublada. Fiquei um pouco nervosa, admito, mas não porque o policial falava inglês, e sim por ele estar tão bravo. Imagino que ele tenha brigado com a esposa ou algo assim. Quando saímos do aeroporto e estávamos a caminho do hotel, observava como tudo era silencioso e calmo. Tão bom se sentir segura em um lugar. Chegando ao hotel, tive uma bela de uma surpresa: Aquele lugar era lindíssimo, me senti como se estivesse entrando dentro de um filme. Ao pegarmos o cartão que seria a chave de nosso quarto, eu e minha colega de quarto estávamos tão exaustas que nem nos despedimos direito dos outros e fomos direto para nosso quarto. Quando abri a porta daquele quarto tive a feliz surpresa dele ser simplesmente lindíssimo. A primeira coisa que fiz foi me atirar com tudo na cama, e cá entre nós, que cama maravilhosa… Queria eu, poder ter trazido ela na minha mala quando voltei, mas ja estou me adiantando. Voltando a quando chegamos finalmente ao quarto, após eu me atirar na cama, comecei a desfazer as malas enquanto minha colega de quarto tomava uma ducha. Posso dizer que o banho que eu tomei antes de dormir, foi definitivamente o pior banho da minha vida, pois tive uma pequena dificuldade de saber como arrumar a temperatura da água e também de como tirar do modo ˜banheira˜ para ˜ducha˜. Acabei tomando um banho mega gelado. Ao colocar o pijama e me enrolar nos cobertores apaguei completamente. No dia seguinte, acordamos relativamente cedo, pois teríamos um dia cheio. Fiquei de boca aberta quando vi a variedade de comida no café da manhã e como não sabia que horas iriamos fazer nossa próxima refeição, usei a seguinte lógica: Comer até sair rolando. Apos estar praticamente rolando de tanto comer, fomos até o metrô e a primeira coisa que passou pela minha cabeça era o quanto eu estaria ferrada se tivesse sozinha, pois eu nunca tinha visto um metrô como aquele. Ao passarmos a roleta, só nos restava aguardar, quando de repente brota um mendigo atrás da gente nos mandando para puta que pariu. Foi muito engraçado, pois me passava pela cabeça inúmeras ideias do que aquele mendigo estaria pensando. Em poucas paradas, chegamos ao destino final que era CN Tower. Galera, pensem em uma fila gigante, e depois multiplica. Passamos horas na fila para entras, mas pelo menos, tivemos algumas distrações. Ao subirmos no elevador que nos levaria a um das mais belas vistas que eu veria na vida, fiquei calmamente observando enquanto ele subia relativamente rápido. Era lindo, ja dava para ver boa parte de Toronto sem nem ao menos estarmos no topo ainda. Me lembro pensar bastante no quanto eu gostaria de morar em um lugar assim, tão cheio de cultura, tão limpo e tão seguro. Ao por meus pés naquele andar, logo tive o privilégio de poder ver o quanto Toronto é ainda mais lindo do que eu imaginava. Após esperarmos mais uma pequena eternidade para conseguirmos sair da Torre, fomos ao aquário em frente a ela. Sabe aqueles lugares que quando vemos de fora pensamos ser pequeno, mas quando entramos temos a impressão de termos aberto a porta para Narnia? Pois então… Foi assim que eu me senti quando entrei no la. Foi um dos lugares mais interessante que conheci, tantas espécies que eu nunca tivera visto antes. Após algumas horas, estávamos famintos (Eu ja estava com fome há um bom tempo), caminhamos por mais algum tempo em busca de um restaurante, e quando o pessoal finalmente decidiu o que comer, eu não sei porquê cargas da água resolvi fazer cu doce e não comer. Realmente não sei dizer se foi por conta do medo de engordar, ou medo de gastar de mais, mas eu havia decidido que iria comprar comida quando fossemos ao mercado. Resultado? Pressão foi la no dedão do pé, e a bonita começou a tontiar… Mais do que o normal. No fim acabei comendo um pedaço de pizza. Me rendi. Quando estávamos prestes a ir ao tal do supermercado, começou a despencar uma chuva e adivinha quem não tinha guarda-chuva? Exato. Eu e todo mundo. Até encontrarmos o bendito supermercado, já tínhamos ficado ensopados. Todavia, quando parei para prestar atenção no supermercado, me esqueci completamente das minhas roupas ensopadas. Vocês não fazem ideia do que era aquilo… Simplesmente MUITO BARATO! Gastei menos de 14 dólares canadenses, o que eu gastaria no mínimo 50 Reais por aqui… No final daquele dia, minha janta foi apenas coisas nada saudáveis e bem gordurosas. Até hoje me pergunto como entrei na minha calça no fim da viagem depois de tanta comilança. |
Sobre mim:Meu nome é Sabina Maria Stedile, tenho 22 anos e estou cursando o 6◦ semestre de Psicologia na Universidade Feevale, Novo Hamburgo - RS. Gaúcha e fã de um chimarrão, independentemente da estação. Gosto de pensar em mim como uma desbravadora da vida! Amo escrever, e almejo um dia publicar meus livros. Em outras palavras, sou apenas uma garota do sul em busca de seu verdadeiro norte. Histórico
Fevereiro 2020
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