Follow your dreams and don't forget to smile ;)
Às vezes pode ser mais difícil do que parece conseguir manter as coisas em equilíbrio tanto em meu interior quanto em meu exterior. Especialmente porque não é incomum me sentir em um campo de guerra com os olhos vendados e os punhos amarrados. Como uma típica estudante de Psicologia, é normal que com o tempo adquiramos uma certa facilidade para enxergar, bem como compreender aspectos do funcionamento psicodinâmico do ser humano, o que eu honestamente acho fantástico. Todavia, existe algo que realmente eu considero como um "ônus" de ter essa habilidade mais aguçada. O fato de enxergarmos e/ou compreendermos os fenômenos comportamentais de um indivíduo, não necessariamente (para não dizer na grande maioria das vezes) significa que possamos intervir. Imagine um bombeiro diante de um prédio em chamas ser impossibilitado de ajudar? é mais ou menos assim que eu me sinto perante meus conflitos externos e pessoais. Mas sabe de uma coisa? tem algo de muito fascinante a ser aprendido nesses momentos agonizantes. O movimento de nos colocarmos no lugar do outro é uma rica oportunidade para conhecer aspectos interessantes sobre o nosso próprio funcionamento. O que a dor do outro desperta em mim? por que desperta em mim? o que posso eu aprender com essa dor?
"...Beleza, você fez cálculos, identificou o norte apontado pela bússola de seu coração, e zarpou corajosamente com o seu navio em águas desconhecidas de um oceano repleto de armadilhas..." - Gosto de pensar em nós como marinheiros de primeira viagem para cada norte que decidimos seguir - E quantas dúvidas podem perpetuar em nossa mente durante esse trajeto, certo? Só você sabe dizer como seu coração reage a cada pensamento seu, e é aí que entra uma atitude que pode ser tanto nossa aliada quando nossa inimiga: O Foco...
Vivemos em um constante paradoxo, nos vendo sempre correndo atrás de um tempo "supostamente" perdido, sem que percebamos por quais caminhos passamos nesse trajeto. Digo isso, novamente por experiência própria, pois mais de uma vez me vi diante uma situação em que me senti de mãos atadas: o tempo que continuou passando, após alguma (ou algumas) escolha que eu fiz a qual não levou aonde eu esperava. Seja lá que escolha tenha sido esta, o que importa é que graças a ela meu coração é constantemente inundado com a insegurança de que estou atrasada... Mas a grande questão é: atrasada em comparação a que, ou melhor dizendo, a quem? Por mais irônico que seja, não costumo me comparar a outras pessoas ao meu redor, como muito já fiz no passado, contudo em compensação, há sim alguém com quem não consigo evitar comparar-me constantemente: a mim mesma! Pode ser com uma versão minha do passado, ou apenas com uma versão idealizada de quem eu supostamente gostaria de estar sendo aos meus (presentes) vinte anos. Eu bem que gostaria de dizer que com o passar do tempo eu já tivesse as respostas das tantas perguntas que já passaram sobre minha mente sobre o que é ser adulta, em mãos, ou pelo menos ter uma como é estar feliz de verdade. Entretanto a verdade bem nua e crua é que eu me vejo constantemente acumulando mais e mais indagações sobre a vida. Quando não me vejo "atrasada" em relação a vida, me dou por conta de que o que eu mais tenho medo é de um dia acordar e perceber que o tempo passou e eu simplesmente não aproveitei como deveria... E o tempo passa... A verdade é essa... Independentemente do momentos pelo qual estamos vivendo, bem ou mal, o tempo é uma constante da qual não possuímos o menor domínio. O tempo, melhor dizendo, é algo que está acontecendo nesse exato segundo! Não há como fugir dele, nem evitar as consequências que dele surgem... E isso, meus caros, é só o começo das coisas que passamos a perceber quando nos damos por conta de que cinco anos já se passaram desde a época em que entramos no ensino médio...
Para compreender o mundo a partir da visão de alguém que sofre de um transtorno alimentar deve-se ter em mente, antes de tudo que esse alguém possui uma visão completamente distorcida de si mesmo, a qual o leva a desenvolver uma ciência de inferioridade, gerando inúmeros problemas de autoestima. Como é possível identificar na primeira temporada de Aprendendo a viver, a protagonista Mariana logo no início demonstra sinais de complexo de inferioridade, além dos conflitos internos normais aos adolescentes de sua idade, os quais são potencializados por conta da visão errônea que a personagem tem de si mesma.
O que quero destacar nesse tema, que ainda será muito presente em Aprendendo a viver, é que cada decisão que tomamos, sendo ela boa para nós ou não, tem sempre como objetivo servir de ferramenta para lidarmos com as angústias em nossos corações e que por esse motivo não se deve jamais julgar alguém por vomitar depois de comer, no caso da bulimia, pois para essa pessoa esse é o único modo que ela encontra de expelir de si mesma aquilo que a machuco no subjetivo de seu ser. Nosso dever como, não digo nem como psicólogo ou amigo, mas como ser humano é ajudar essas pessoas a enxergarem que há outros meios de aliviar esses sentimento, como por exemplo estar presente quando esta pessoa precisar de um colo, ou importar-se de fato com os sentimentos desta. Devemos nos lembrar que por baixo daquela agressão há uma pessoa precisando ser ouvida, uma pessoa que está perdida e principalmente cega sobre seus valores. Para entender mais a complexidade da personagem de Mariana e de seu universo eu me baseei muito em meus próprios sentimentos, pois para quem não sabe eu já tive uma relação bem complicada comigo mesma, pois assim como a Mari eu possuía uma visão completamente torta a respeito de meu corpo e acreditava fielmente que não estava aos pés de outras pessoas as quais eu considerava como superiores. A beleza era algo inalcançável para mim, e depois eu entendi o porque disso. Houve uma época em que a missão que eu havia estabelecido a mim mesma era sempre focada em me tornar cada vez mais magra, pois via na magreza o elemento que faltava para eu me tornar confiante sobre quem eu era, e o ponto é que tanto briguei nas minhas guerras internas que consequentemente emagreci muito. Não cheguei a nenhum extremo, mas admito que inúmeras vezes eu estive perto de agir como a Mari, mas nunca soube como fazer ( felizmente ). Contudo, para meu desespero, por mais eu estivesse com um corpo próximo aos padrões que eu almejava, por mais que eu constantemente era elogiada por ser determinada e persistente com meus sonhos, por dentro eu estava completamente perdida e sofrendo, pois não entendia como era possível que eu me sentisse ainda tão mal comigo mesma, se eu já estava praticamente como eu desejava. Por dentro eu não me bastava. Nomeava de sorte e azar quando as circunstâncias de vidas alheias eram comparadas a minha vida pela minha pior inimiga, eu mesma! Hoje eu vejo claro como a água que eu precisava de ajuda, e não de mais motivos para continuar buscando pelo inalcançável. Preciso ser honesta com você ai que está lendo, eu estaria sendo hipócrita se dissesse que sou puro amor comigo mesma, pois ainda há dias em que fico mais fragilizada, com rancores do passado, mas a verdade é que da mesma forma em que sou honesta quando digo quando me sinto desapontada com minha aparência, também serei ao dizer que hoje tenho uma relação mais saudável com quem descobrir ser a pessoa mais importante de minha vida, que vem antes de quaisquer opiniões alheias, a única pessoa capaz de realmente fazer a diferença em minha vida: Eu mesma! Sabe aquela certeza de que está tomando todas as decisões certas? É... nem eu...
A verdade é que quando mais os dias passam, mais percebo que aquela insegurança em relação a se estar ( ou não ) caminhando para a "direção certa", não passa a cada vela que eu assopro em meu aniversario, ou seja é algo mais presente em minha vida do que minha própria sombra. Foi então que eu conclui que sentir-me insegura faz parte de quem eu sou, e não, não estou biruta por chegar a essa conclusão, pois mesmo que o sentimento de insegurança em si seja terrível, ainda sim ele está la para nos lembrar que sempre existirá a possibilidade de que o curso de nossas vidas encontre um novo norte. Somos como marinheiros, regidos pela bússola do nosso coração, podemos optar por guiarmos-nos por um mapa, para fim de ter ciência de quais perigos nos esperam na rota que iremos escolher para seguir, ou podemos apenas confiar nessa bússola, o que apesar de ser mais arriscado para nosso barco, nos torna marinheiros mais preparados para enfrentar os sete mares. Sentir-se estagnado na própria vida nos faz questionar o que fizemos para chegar a aquele ponto, podendo até trazer a sensação de culpa, mas o que acontece é que nunca se está "estagnado", veja bem, mesmo que você esteja quietinho e deitado em sua cama, o mundo ainda está girando, ou seja, você não está parado! O mesmo vale para sua vida, pois decisões são tomadas a todo momento ao seu redor o que faz de você. Ta mas e na prática? Ainda sim, ter objetivos, planejar como concretiza-los é algo essencial, pois mesmo que possivelmente você tenha de lidar com algumas frustrações, não deve jamais esquecer que são esses "inesperados" que muitas vezes nos fazem chegar ainda mais longe do que pensamos que poderíamos vir a chegar inicialmente, ou seja mesmo que não acredite que tudo na vida ocorre por uma razão, é fato que as coisas ocorrem, mas cabe a nós decidir se vamos aprender com elas e evoluir como pessoas, ou se vamos ser mais uma vitima do mundo. O que você escolhe? Passamos muito tempo vivendo dentro de uma bolha, onde nossos maiores compromissos resumem-se a somente estudar para prova x ou apresentar trabalho y. Podemos não perceber de imediato, mas ao nos formarmos no ensino medio nos deparemos com uma nova realidade: Tudo depende de nós! O mundo nos exige respostas, das quais de fato dificilmente teremos alguma noção de imediato.
Quando estamos no periodo de escola, é normal visarmos a vida fora daquele rotina como uma liberdade, e sim, essa tal liberdade chega uma hora, mas a questão é não somos preparados para ela assim que começamos a dar nossos primeiros voos solos na vida, o que muitas vezes nos coloca em uma situação um tanto quanto delicada, pois se por um lado precisamos aprender a sobreviver, por outro precisamos ter meios de assim fazer, e quando digo ter meios me refiro a ter apoio emocional para tal feito! Ah galera a vida de adulto é tão cheia de desafios... Aprender a dirigir, pagar contas, pensar no futuro, ter um namorado, arranjar um emprego, fazer as escolhas certas, cortar pessoas toxicas, se amar incondicionalmente, compreender que você não é a mesma pessoa... Fico pensando se existe um script com todas as coisas que temos de realizar durante o período que estamos na terra, e não sei dizer se fico aliviada ou com ainda mais medo do que está por vir... Não é a perfeição que eu almejo, longe disso, tudo o que eu mais almejo agora é estar de bem com ela que me olha tão decepcionada do outro lado do espelho. Nem perdi a batalha, mas já me sinto uma derrotada fracassada. Hoje conversei com minha psicóloga e ela me fez o questionamento se eu não estava exagerando quanto essa vazio que me atormenta e por mais que todos os motivo lógicos apontem que provavelmente a resposta seja "sim", não consigo mudar minha convicção de que quando trata-se de sentimentos, não existe lógica , mas apenas o que ele faz conosco, que no meu caso tem sido como me afogar em um rio de angústias. Há alguns dias, após uma aula sobre transtornos psicológicos, não consigo tirar de minha cabeça que eu posso nunca conseguir ser feliz como acho que preciso, mereço e sou capaz, pois penso que sou um tipo de pessoa que desenvolveu-se como infeliz e insegura desde sempre, e se isso for verdade e esse fato estar realmente explicando como minha personalidade foi construida, estou condenada a ser essa pessoa que todos os dias deixa as fagulhas da alegria extinguirem-se dentro e fora de mim. Por tudo qur existe de mais sagrado eu sei que eu não sou assim e acima de tudo, sei que escondido dentro de mim existe uma Sabina capaz de me dar todos motivos para eu me orgulhar... Mas onde está ela agora? como faço para conhecer-la?
Desde sempre me considerei uma pessoa muito ansiosa, então ter problemas para conseguir dormir não era nenhuma surpresa para mim, mas como você pode imaginar esse infeliz fato me trazia diversos problemas durante o dia os quais variavam de passar o dia exausta e mal humorada até comer tudo que vem pela frente como se não houvesse amanhã. Todavia, há alguns meses tive meu primeiro contato com o chamado ASMR, que é uma sigla para Autonomous Sensory Meridian Response ( resposta sensorial autônoma do meridiano ), e isso mudou da água para o vinho a maneira que eu passo minhas noites de sono. Tratam-se de diversos estímulos sonoros e visuais que lhe causarão arrepios por todo seu corpo e dessa forma lhe relaxarão! Algumas pessoas infelizmente não são sensíveis a esses estímulos e outras não se sentem confortáveis, mas esse pode não ser o seu caso. Essa maravilhosa técnica não somente me permite dormir melhor, como também tem grande eficácia nos momentos em que preciso me desligar do mundo e me concentrar! Logo a baixo deixarei o link dos meus ASMRs favoritos, não deixem de experimentar ( funciona melhor com o uso de fones de ouvido ):
Então aquela menina que um dia encontrou-se na total escuridão enfim começa a perceber uma luz crescer cada vez mais dentro dela mesma. Foram anos até ela finalmente se dar por conta de que a pessoa que estava impossibilitando seus sonhos de serem concretizados era ninguém menos do que ela mesma. Tudo está tão mais claro depois que ela tomou a decisão de sempre enxergar em uma derrota a oportunidade para renascer, pois assim ela se veria finamente como uma pessoa inteira, diferente do que ela era antes, mas mesmo assim completa. Essa garota percebeu que as vezes quando algo se quebra, já não pode mais ser consertado, contudo pode se transformar em algo completamente distinto do que ela uma vez conheceu, e esse novo estranho acaba por ser mais uma possibilidade de caminho que ela pode escolher traçar...
Dói cair do cavalo, especialmente quando se cai mais de uma vez. Entretanto, uma vez que se aprende com essas dolorosas quedas, você percebe que até mesmo nas mais profundas decepções da vida existe uma razão, um aprendizado ou uma lição! Mas você precisa confiar nesse princípio para conseguir ver através de seus próprios olhos o caminho para se dar a volta por cima! Gosto de acreditar que tudo nessa vida existe um porquê, até mesmo a nós mesmos. Em outras palavras, acredito com todo meu coração que não estamos nessa vida ao mero acaso, mas sim que possuímos um propósito, uma missão e que esta quando realizada evoluirá nossa alma, nos fazendo sentir a verdadeira felicidade, a verdadeira paz e o verdadeiro amor! Acredito que quando esse momento acontecer, sentimentos tão complexos como o que reside em cada um dos seres humanos, serão finalmente compreendidos e vistos com os seu real valor... Mas enquanto este momento tão esperado não acontece, temos uma oportunidade de ouro de viver a vida da maneira mais incrível que podemos. Infelizmente o que eu vejo a grande maioria das pessoas fazerem com suas vidas é de longe muito triste, pois antes de qualquer escolha errada é feita a escolha mais decisiva de todas: desistir ou persistir? E estas escolhem a primeira opção, abrindo as portas para todas as escolhas ruins... Não deveria ser assim, não mesmo! Mas sabe de uma coisa? Sempre é possível voltar atrás e decidir lutar por aquilo que ama e acredita! Eu só a prova viva disso... Grande parte da minha vida, foi construídas por pequenas desistências e sabe onde isso me levou? A LUGAR NENHUM! E por isso percebi que a melhor escolha é sempre lutar! Muito se fala sobre depressão, mas do que ela realmente trata?
A tristeza é um sentimento difícil que nos acompanha como uma sombra desde o momento em que viemos a esse mundo, pois é crucial em nossas vidas já que é por conta dela que amadurecemos . Contudo para que haja um equilíbrio em nossa vida, a tristeza deve se apresentar por conta de algo que a desencadeie. A Depressão, por outro lado, surge dentro das pessoas de modo silencioso e discreto, sem nenhum motivo que explique o porquê de seus sintomas. Pode começar com um pequeno desanimo, o qual na maioria das vezes é ignorado pela própria pessoa que o sente, que o julga bobo e sem motivo. O problema de se ignora esse estado, é que em vez de fazer com que ele desapareça, a sensação piora, pois você começa pensar que você é o problema em vez de ver um problema acontecendo em você. Surge desse ponto a culpa que abre espaço para as partes mais obscuras do mundo, gerando a conhecida visão negativa. É nesse ponto em que as primeiras suspeitas do Transtorno Depressivo passam a surgir, porém infelizmente a vítima é a última a se dar por conta, pois quem começa a pensar nessa hipótese é normalmente os indivíduos que fazem parte da vida dessa pessoa. Alguns chamarão erroneamente de frescura, outros que é a personalidade bruta da pessoa, e apenas os mais próximos conseguem perceber que algo está errado. |
Sobre mim:Meu nome é Sabina Maria Stedile, tenho 22 anos e estou cursando o 6◦ semestre de Psicologia na Universidade Feevale, Novo Hamburgo - RS. Gaúcha e fã de um chimarrão, independentemente da estação. Gosto de pensar em mim como uma desbravadora da vida! Amo escrever, e almejo um dia publicar meus livros. Em outras palavras, sou apenas uma garota do sul em busca de seu verdadeiro norte. Histórico
Fevereiro 2020
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