Follow your dreams and don't forget to smile ;)
De todos os vícios comportamentais que eu tenho, este mais demorei a perceber. Desde que me entendo por gente sempre tive um medo absurdo de que alguém dissesse algo desagradável a meu respeito e por isso passei anos dedicando grande parte de minha energia em ser apenas neutra, o que para mim significava nunca chamar atenção. Contudo quanto eu mais me esforçava para ser o tipo de pessoa que eu queria, mais me sentia pequena e insignificante, era como nadar contra correnteza. Eu tenho a mais absoluta certeza de que ninguém próximo a mim podia sequer supor o quão angustiada me sentia por me considerar um fracasso, e por mais que eu soubesse que tornava-me a pior inimiga de mim mesma quando pensava tão criticamente a respeito de minha pessoa, simplesmente não conseguia evitar sentir-me assim. Quando resolvi chutar o balde e ensurdecer meus ouvidos a opiniões negativas, passei a buscar a ser outro tipo de pessoa, pois não queria me sentir mais invisível. uma vez li em algum lugar que passamos a nos reconhecer como indivíduos quando passamos a nos reconhecer em um grupo, ao analizar o contexto em que somos inseridos, como uma terceira pessoa. Penso que dali nasceu a tão criticada auto comparação.
Ao meu ver, não compararmos uma situação com outra, ou a nós mesmos com alguém, é praticamente impossível, e que fique claro, não estou dizendo que isso é bonito, nem muito menos que essa ação é certa, até porque o ser humano não é belo e correto em sua plenitude, não é mesmo? Entretanto, é uma imperfeição que precisamos lidar, a qual muitas pessoas tem mais habilidades do que outras em controlar. Todavia esse texto não é referente a estas e sim ao outro grupo de pessoas que sofrem todos os dias com isso (Me incluindo nesta última. Esse texto, infelizmente não oferecerá soluções mágicas para nossos pensamentos rebeldes e distorcidos, contudo fará com que hajam mais fatores a se acrescentar nessa equação que atualmente resulta em mais pensamentos ruins sobre si, do que bons! Era uma vez um alguém que, assim como você, as vezes também tinha dias ruins, dos quais pareciam ser intermináveis. Todos os dias quando desperto, eu sinto medo. É eu sei... para alguns isso pode soar como exagero. Outros podem até se identificar, mas é bem essa a verdade que poucos sabem a meu respeito. Posso estar expondo demais o meu lado vulnerável, mas digamos que esse seja um daqueles momentos em que a angústia da punk para aguentar calada e sozinha, então la vai: O medo que eu sinto é o meu pior inimigo, pois eu nunca sei se darei conta de enfrenta-lo sem falhar, o que para mim significa terminar o dia com o constante sentimento de fracasso, de que eu não dei o meu melhor, ou pior ainda, que o meu melhor não foi nem perto do que eu considero suficiente. A verdade é que esse é um daqueles momentos que eu gostaria muito mesmo que tivesse alguém realmente interessado em me ouvir, ou simplesmente que estivesse aqui para me dar um abraço e me falar "Ei, vai ficar tudo bem garota! Você está fazendo o melhor que pode"... Mas parece que esse alguém não está aqui... Eu prefiro pensar nisso do que imaginar a possibilidade que essa pessoa nem sequer exista... Honestamente eu nem sei se alguém, em um dia qualquer vai entrar em meu blog e se deparar com o que parece um grande grito de socorro... Mas se entrar... Se você for essa pessoa que conhecerá esse meu cantinho, independente desse post ter sido escrito há alguns anos... Nunca tenha vergonha de dizer quando alguém é especial para você... Se achar que alguém que você conheça está precisando de um abraço: ABRAÇE! E bem apertado... Porque isso pode significar muito mais do que você imagine... Voltando ao medo: Eu sinto que preciso fazer as coisas, mas sinto que nunca serei capaz de realizar-las enquanto eu não resolver outras, como minha independência. Por que eu não consigo simplesmente dar um salto pro desconhecido e andar com minhas próprias pernas sem ter que depender de meus pais? Se eu fosse definir toda minha angustias dos vinte anos em uma palavra, seria: independência. Eu quero me afastar de tudo e de todos porque só assim eu sinto que conseguirei lidar com meus maiores medos. Para ser sincera, o pensamento que tem me invadido constantemente a minha cabeça é o de que eu não faria a menor falta aqui onde estou. Bom talvez para meu gato, Luigi, a quem adotei no inicio desse ano. Sabe aquele sentimento de não sentir que faço parte de algo... bem isso tem se aplicado a minha família, há um bom tempo, e não há nada que eu já não tenha tentado fazer para mudar isso... Eu me sinto desconectada... As vezes sinto que do nada "saio do ar"... Mais de uma situação já fui "esquecida" pelos meus pais e poxa se isso não te desanimar, eu diria que tu tem grandes chances ou de ser um bipolar em período de "MANIA", ou de ser uma das pessoas sortudas com um funcionamento emocional e comportamental mais "faceirinho" do que o do resto de nós...
Oii gente, tudo de buenas? Janeiro costuma ser o mês mais preguiçoso de todo o ano, né? Ferias, dormir até mais tarde, comer, sair e muito mais atividades que nem sei dizer! Sem desprezar nenhum dos itens anteriores, esse primeiro mês foi cheio de inspirações (das mais aleatórias possíveis) as quais compartilharei logo abaixo com vocês! 1. Quebrando padrões e descobrindo meu próprio estilo! Tá eu sei que não sou nem de longe uma blogueira de moda, mas mesmo assim preciso compartilhar com vocês o quanto tenho me sentido bem nos últimos tempos por puramente me permitir experimentar tudo que eu ja tive medo de vestir por medo do que os outros iriam pensar, e nossa gente, é libertador! 2. Sites que mais me inspirei! Bem provavelmente você conhece esses três sites, mas mesmo assim não podia deixar de contar o quanto eles me inspiram a escrever e refletir sobre várias situações da vida! Depois dos Quinze - Resiliência Humana - Fãs da Psicanálise - 3. Filmes preferidos do mês! A primeira vista parece uma verdadeira salada de frutas, mas posso dizer que esses três filmes representam muito bem meu janeiro! Aliás, só você clicar nas imagens que serão redirecionados ao trailer dos filmes! A incrível história de Adeline é aquele tipo de filme que quando chega no fim você fica com um calor gostoso no coração! Adeline é uma jovem que aos 29 sofre um acidente de carro e como consequência perde a capacidade de envelhecer. Detalhe que a história inicia-se em 1929 e se desenrola muitos anos mais tarde! não é um final óbvio! Eu diria que é uma das histórias mais originais que eu já assisti! Mudando de saco para mala, como eu também adoro um terrorzinho de vez em quando, assisti um filme esses dias que quase me provocou um infarto. It follows (Ou corrente do mal em Português), é um daqueles filmes de terror sobrenatural, que quando menos você espera aparece uma criatura medonha para te matar do coração! Muito bom! E para finalizar, KISS & CRY é um filme que comecei a assistir com uma expectativa que foi completamente atropelada por uma senhora explosão de sentimentos. Baseado em fatos reais, essa história te emociona do inicio ao fim, pois a protagonista, mesmo passando por uma doença terrível, em nenhum momento deixa de sorrir! Uma verdadeira lição de vida!
As vezes as coisas simplesmente acontecem, sejam elas boas ou ruins, pois se paramos para pensar a vida nada mais é do que um aglomerado de acasos. Sempre fui o tipo de pessoa convicta de que tudo que eu vivia, acontecia por uma razão e, não me entenda mal, eu ainda gosto de pensar assim. A questão é que nem sempre buscar essas razões, para explicar o porquê delas acontecerem, é a melhor decisão a ser tomada, pois estas muitas vezes tratam-se de algo não muito concreto como esperamos, ou seja é muito mais difícil e demorado conseguir seguir em frente quando opta-se por remoer o passado em busca dos "porquês" de tal momento ter acontecido.
Diferente do que se pensa, seguir em frente não exige essa tortura de tentar a todo custo entender o universo, contudo quando trata-se de compreender o porquê de nos sentirmos de determinada forma perante uma situação, são outros quinhentos. É simplesmente essencial que tenhamos conhecimento sobre nossos sentimentos, pois são eles que nos ensinam a estabelecer limites a nós mesmos! Afinal, qual é o sentido de eu estar me sentido mal? por algo que logicamente não faz sentido nenhum? Se você já se fez essa pergunta é sinal de que está buscando pelos porquês errados. Conhecer a nós mesmos antes de mais nada é buscar em nosso íntimo como realmente sentimos nossas emoções, o que em outras palavras é conseguir enxergar o que você sente quando algo acontece, sem fazer o uso do julgamento do que é lógico sentir e o que não é! Como seres racionais, temos o controle de nossas escolhas, contudo não somos providos da capacidade de controlar nosso lado mais animalesco, o qual é responsável por cada sentimento influenciador de nossos pensamentos. É compreensivo sentirmos um pouco de medo daquilo que não temos como controlar, porém não podemos deixar esse medo impedir de conhecer esse lado mais avassalador, pois só assim seremos capazes de evitar determinados estímulos que nos levem ao descontrole. Penso eu que quanto mais uma pessoa conhece a si mesma, mais controle sobre suas ações ela terá! Bem dizia o grande pensador Sócrates "Conhece-te a ti mesmo e conhecerá os deuses e o universo" Oii gente, tudo de buenas?
Hoje vamos falar sobre o vazio que reside dentro de cada um de nós. Antes de mais nada esteja ciente de que esse vazio existe não só em você, mas também em todos os sete bilhões de pessoas que vivem nesse mundão! Ou seja, não considere-se como o único "sortudo" de possuir tal sentimento, pois nos encontramos todos no mesmo barco! Quando você permite distrair-se, sua mente veleja em um mar de dúvidas, receios e sonhos sobre tudo aquilo que circula sua vida, e a única conclusão que chega é a de que não possui as respostas para suas indagações. Essas "não respostas " automaticamente levam você a uma segunda conclusão um pouco mais complexa de ser digerida: Você não tem a mínima ideia de quem é, ou de quem quer ser. Temos dificuldades de aceitar esse fato, pois a maioria de nós enxerga as incertezas como vulnerabilidade, pois se trata da falta de um "desconhecido", ou seja, existe o desejo de "tornar-se", ou "conquistar-se", porém não existe a certeza do "o que?", resultando em uma insegurança e, posteriormente, ao tão conhecido vazio, mas já vamos chegar lá! Esse sentimento de falta constitui-se por momentos de angústias, conversas vazias e sem sentido, e infelizmente ás vezes se estende a crises de ansiedade ou/e depressão, pois trata-se de uma falta de autoconhecimento a qual é mascarada pela necessidade da busca por um sentido a própria vida. O grande erro de muitas pessoas é renegar esse vazio natural e tentar a todo custo preenche-lo com um outro alguém, pois como cada pessoa possui particularidades, estas são vistas como algum tipo complemento, ou seja, o que existe de singular no outro é visto como o pedaço desconhecido que preenche o nosso vazio. Quantos relacionamentos não se constroem a partir deste frágil pilar? Que mentiras não são um bom começo para se relacionar com alguém não é novidade nenhuma, mas e quando essas mentiras se estendem a nós mesmos? Eu imagino que pareça confuso em um primeiro momento, mas se partimos do pressuposto de que sim, enganarmos-nos não só é algo possível como acontece inúmeras vezes. Nesse caso, a mentira reside na falsa certeza de que esse vazio pode preenchido por alguém. Pensar no outro como uma extensão de si mesmo tende a levar a muitos momentos de infelicidade, pois como você renega seu vazio, constata que sem aquele alguém você simplesmente é como um quebra cabeça incompleto, o qual só terá um sentido caso encontre a peça que lhe falta. Como a vida é feita por inúmeros amores finitos, o rompimento tenderá a ser muito provável. O encontro com o vazio que tanto renegou será inevitável, e o conjunto de todas as circunstâncias o fará parecer maior e mais mundo. Sabe por que relacionamentos assim não são saudáveis? Primeiramente por não ser compreendido o real significado da "falta" em nós mesmos, pois antes de mais nada essa falta não nos torna incompletos, ou seja, sua existência consiste em nos proporcionar a busca, que em outras palavras significa que o vazio é necessário para nós existirmos, pois é justamente nele em que nasce a energia que nos permite almejar e correr atrás deste almejo. Enxergarmos-nos como pessoas incompletas faz com que a todo custo busquemos por alguém ou algo que nos complete, como se a resposta para nossas dúvidas estivesse no mundo exterior em vez de buscarmos dentro de nós mesmos, e constatarmos de que na realidade não existe nenhuma resposta. O sentido da nossa vida e quem somos muda de tempos em tempos pelas nossas experiências e expectativas as quais originam-se da falta que tanto temos medo e uma vez que as alcançarmos, outras passarão a nascer! Talvez você não lembre ao certo onde ou quando, mas provavelmente já deve ter se questionado sobre quem é e qual é seu papel em um mundo que aparentemente é tão injusto e assustador. Independentemente da fase da vida em que você esteja, já deve ter percebido que algo como “o sentido da vida”, é muito complexo de ser desvendado, pois trata-se de uma série de perspectivas singulares sobre o que cada um define como importante a ser considerado, ou não. Para não ficar muito complexo, lhe darei um exemplo bem comum de enxergar essas singularidades: A direção para aonde a crença de cada um se guia.
Quando percebemos a existência de nossa individualidade, passamos a construir pouco a pouco a noção de que assim como nós, as outras pessoas também as possuem. O que isso significa? Bem, eu diria que da mesma forma que existe um mundo inteiramente só nosso, o qual abriga todos nossos pensamentos e sentimentos, existe também o mundo o qual simultaneamente pertence a cada um e de todos nós. Este segundo é o lar de todas as ações que movem o mundo, interligando-nos. Quando compreende-se a existência de algo que nos conecta, torna-se nítido o fato que todas as decisões tomadas sempre causarão um impacto na vida de alguém, que pode-se ser tanto um amigo íntimo, quanto o melhor amigo da irmã do primo do pai do melhor amigo de alguém! Contudo, ao mesmo tempo em que as decisões individuais que movem o mundo compartilhado acontecem incessantemente, estas tornam-se norteadoras singulares de cada um, ou seja, os efeitos de tal feito são tanto internos quanto externos! A partir desse ponto que nasce o questionamento de um propósito, pois se este é claro para nós, dificilmente nos perderemos em meio a tantos outros nortes, ou em um provável tropeço gerado pelo despreparo ao inédito, não existirá muita dificuldade em "sacudir a poeira" e continuar. Entretanto, caso não possuamos tal percepção de mundo, somos diariamente guiados pela insegurança que de forma inconsciente criamos, pois esta surge sempre no meio de nossas incertezas pessoais, como não saber dizer quem somos ao nos depararmos com o nosso reflexo emitido em um espelho qualquer, ou não saber se o outro é ou não alguém confiável para confiar-lhe um segredo. Caso você se identifique com o segundo exemplo tenha calma, pois pelo menos uma vez na vida está crise de identidade nos persegue, e para vence-la só existe uma única arma a qual possamos acessar: o autoconhecimento! Sei que piso várias vezes nessa tecla, mas é porque realmente hoje tenho completa noção de sua importância e impacto direto em cada uma das pessoas! Conhecermo-nos é fundamental para definir qual será o norte que nos guiará na etapa da vida em que nos encontramos e para isso é preciso antes de tudo coragem para arriscar velejar pelo desconhecido, pois esteja ciente de que muito provavelmente hão de haver inúmeras tempestades a serem enfrentadas até perceber aonde encontra-se o arco-íris que lhe guiará até o pote de ouro. Dessa forma, mesmo que imprevistos aconteçam você saberá exatamente de que ponto partir, enfim possuir aquilo que tanto almejou! Não há nada mais complexo do que o tempo. Há momentos em que tudo o que queremos é simplesmente prolongar aqueles instantes que nos fazem sorrir constantemente com os olhos, sem que percebamos. Geralmente, estes tornam-se tão especiais que nossa mente e coração sincronizam-se, guardando para si fragmentos daqueles segundos ou minutos, como forma de eterniza-los. Por outro lado, existem momentos em que tudo o que queremos é que passe o mais rápido possível, para que não precisemos ter de suportar o sofrimento, seja pela perda de um ente querido falecido, ou pela perda de alguém que optou em não fazer mais parte de sua vida. Tudo o que mais desejamos é que o tempo acelere e não precisemos lidar com o vazio que essa falta nos causa.
É, realmente o tempo é uma questão complexa. Ele surge em nossa vida de várias formas, e é uma delas em especial que gostaria de falar: Tempo para as coisas acontecerem! Que atire a primeira pedra quem nunca refletiu sobre ser velho ou novo demais para possuir determinadas vivências. Ainda nessa semana, em um momento de nostalgia , percebi o quanto me fazia falta algumas destas, pois perdi a chance de vive-las anos atrás... Seja ir em uma festa, sair com minhas amigas, ter investido um pouco mais em mim mesma... Mas então eu me questiono: Será que estou velha demais para ainda vive-las? Existe um tempo para realizarmos nosso sonhos? NÃO! Não é o tempo que define se existe uma idade certa para as coisas acontecerem, é você mesmo que define, e na maioria das vezes, por ficar com essa bobagem de "idade certa" martelando e sua mente, acaba por estipular um limite, ilusório, para fazer essas coisas, o qual se você passar automaticamente virará muito velho para seja lá o que você queira fazer. O tempo sempre vai andar para frente, mesmo quando se fica remoendo o passado, aliás, viver com a cabeça no passado é muito perigoso, pois você deixa de aproveitar a vida bem diante de você! Por isso, nada de ficar com a mente no que já foi, pois arrependimentos não mudam as lembranças do passado, mas podem SIM mudar o aqui e agora, bora parar de pensar que existe uma idade para se viver as coisas e criar novos bons momentos para se lembrar? "O problema não é você, sou eu!"
Quem nunca ouviu essa frase? Pode ter sido em um filme, o qual você não lembrará o nome se tentar puxar pela memória agora, ou pode ter sido em um livro o qual você leu faz anos em uma madruga semelhante a essa a qual escrevo esse texto, ou você pode ter ouvido da boca de alguém a quem você deu muito valor um dia, mas que aparentemente não sentia o mesmo sobre você, (ou você é mais azarado e simplesmente ouviu nesses três exemplos). Tudo isso é possível. Mais uma vez sua mente viaja no tempo, seja através de uma música a muito tempo ouvida, uma imagem que já fora esquecida, ou até mesmo de algo que você descreveu em seu antigo diário em uma época turbulenta e cheia de incertezas. A sensação que sente é uma mistura de nostalgia e saudade acompanhadas quase que sempre pela tristeza de não poder voltar no tempo e mudar suas decisões, ou simplesmente pelo fato de querer reviver tudo de novo para que nunca houvesse um final para aquilo que quando chegou no fim te fez sofrer muito. Foram dias... Semanas... Talvez até alguns meses para que pudesse enfim convencer-se de que seria apenas aquilo que teriam vivido... Pois é, assim como você, eu também acho que nunca me enquadrei naquele grupo de pessoas que superam as coisas na velocidade da luz, mas (in)felizmente sei disfarçar que tudo está bem. Hoje caminho para novas incertezas e cada vez torna mais fácil pensar no passado sem sentir que sou sugada para o momento que mais me feriu. Talvez seja porque ele não me machuque mais. Não vou mentir, muitas vezes me peguei pensando sobre essa frase. Antes tudo que eu conseguia cuspir para fora de minha alma eram palavras soltas as quais concordavam que, sim a culpa era realmente sua. Mas agora, vejo muito mais claramente de que não é bem assim. Não me leve a mal, também penso que a culpa não é minha, mas olha não é sua também! Não existe um culpado na verdade, as circunstâncias podem apenas não dar certo, e tudo bem, vida que segue! Todavia, a questão não tem nada a ver com desilusões amorosas, mas sim com cada momento em que você pensou que o problema era você! Pode ter certeza que não vem nenhum sentimento bom depois que você tenta concluir algum pensamento se enxergando como um problema. Você NÃO é o problema do mundo, e sim a solução de si mesmo! Comecei a refletir isso depois que me peguei ficando triste pelo motivo mais idiota do mundo: Uma calça! Tudo que eu queria era comprar uma calça e ficar feliz com isso, mas ao me deparar com quinhentos exemplares de tamanhos 36 e 38 do modelo que eu queria, me senti muito mal, pois eu uso 44. Se tinha tantos exemplares para esses dois números e nenhum para o meu fez com que eu começasse a me por para baixo, pois se havia mais modelos de tamanhos menores imaginei que esse era o tamanho da maioria das mulheres da minha cidade e eu era a minoria que não estava nem perto de fazer parte desse grupo. O problema era mais uma vez eu... Só que não era! Não MESMO! Eu realmente fiquei frustrada por não ter uma bunda menor? Fiquei! Mas cara, eu não sou a minoria! A maioria das mulheres tem bundão por aqui, como o problema poderia estar em mim? O problema esta no mundo que insiste todos os dias que não somos bonitas o suficiente se não seguirmos tal padrão. Eu sei que esse tipo de assunto não é novidade, mas ainda sim é um problema, pois se não lutamos com todas nossas forças para não ficarmos mal, quando baixamos a guarda já estamos aos prantos! Eu acho que você sabe muito bem como é sentir-se exausto após mais um dia lutando para não se chatear com o mundo e seus padrões. Como esse tipo de coisa era quase que constante em minha vida, desenvolvi uma técnica para driblar esses pensamento remetentes a uma emoção ruim. Quando percebo que começo a me sentir triste com o mundo, procuro fechar meus olhos e pensar em cinco coisas que eu realmente gosto em mim mesma e mais cinco coisas das quais meu coração se orgulha! No começo é mais complicado, mas seja teimoso, está bem? Pois só você pode conseguir mudar o que sente, o que nesse caso é uma mudança de percepção de mundo! Tretas, tretas e mais tretas... As vezes tenho a impressão que vou me afogar no meio de tantas confusões que surgem tanto dentro de mim quanto ao meu redor. Já não sei se me imagino caindo em uma piscina funda de decepções, onde sou incapacitada de mergulhar de volta a superfície, ou se me encontro perdida em um temporal de problemas, sem que haja ao menos um guarda-chuva para me salvar. Após ser atingida por essa chuva cortante, encontro-me vagando por um deserto sem fim, onde minha única companhia é a solidão. Como se não bastasse tal vazio, ainda tenho a minha frente a imagem constante dos meus sonhos se realizando, e eu penso que preciso continuar, não posso desistir, eu preciso chegar até aquela realidade onde as coisas simplesmente acontecem. Ao estar em frente á um espelho, o que vejo refletir diante de mim é muito mais do que uma a minha imagem. Está mais para uma miragem a qual mostra como seria essa realidade em que as coisas dão certo caso você faça por merecer. Diferente desse deserto em que eu me encontro cada vez que me frusto.
Ironicamente a frustração é como acordar de um sonho bom, o qual resulta em um amargo vazio na boca do estômago em vez das famosas borboletas por algo bom, pois simplesmente a ficha cai de que você não vai conseguir voltar aquele mundo que sua mente criou enquanto dormia. Não importa o quanto tente. Quando você se da conta disso, geralmente vê diante de si duas escolhas: Enxergar-se como vítima do mundo, e lamentar-se todos os seus dias pelos sonhos não realizados, pelo tempo perdido seja lá com que, ou ainda culpar-se por não ser aquilo que tanto idealiza. Por outro lado, você pode escolher enxergar o mundo real como ele é, e ver a frustração como um degrau a se subir em vez de uma escada a se descer, ou seja, uma oportunidade para aprender com aquela situação tornando aquele momento ruim em algo bom. Pense que a frustração é como um remédio que você precisa tomar para ficar mais forte. Inicialmente o gosto é horrível, mas depois você estará muito mais forte para enfrentar seja o que for. Perdi a conta de quantas vezes quase me afoguei em minhas próprias lágrimas de rancor comigo mesma por não ser meu self ideal. Cara, eu sei muito bem que não é fácil mudar aquilo que queima em nosso peito, especialmente quando é algo ruim que foi plantado e regado por muitos anos, e não fique surpreso quando eu revelar que tem mais cedo nosso nesse jardim do sofrimento do que do mundo mesmo. E olha, dói muito nas primeiras vezes em que tentamos mudar essa visão de mundo, pois estamos lidando com nosso pior e mais poderoso inimigo. Nós mesmos! É como nadar contra correnteza, dar murro em ponta de faca, matar cachorro a grito. Mas vale a pena! Cada braçada contra a correnteza, cada ferimento que socar a ponta de uma faca causa e cada grito dado, você estará subindo o poço com ás próprias mãos e perceberá que não precisa esperar por um príncipe encantado para se salvar das surras da vida. Você será seu próprio herói ou heroína! E alem disso perceberá com clareza com o tempo que seu eu idealizado jamais poderia existir no mundo real, pois ele só pode existir em um mundo idealizado, ou seja, um mundo totalmente irreal... Da mesma forma em que você real, com todos seus defeitos e qualidades só pode existir em um mundo real, com coisas boas e ruins. E é incrível viver em um mundo assim, pois você vê o que o mais belo em ser de carne e osso, com belíssimas qualidades e defeitos que você odeia, é poder utilizar cada dia que você acorda para crescer e melhorar a si mesmo e o mundo em que vive! Não há nada mais emocionante do que conquistar todos os dias as rédeas de sua vida e trilhar o seu caminho em busca de um sonho para seguir! Pois o mais importante não se encontra na realização do tal sonho, mas tudo que você se permite viver, absorver e sentir enquanto trilha esses caminho. Bem vindo ao mundo real! Agora é com você! Passado e futuro, dois opostos que coexistem e tem grande influência em nossa vida. As experiências nos moldam, enquanto os sonhos nos movem, até esse ponto não existe mistério. Entretanto, e quando ambos polos fogem de nosso controle? O passado continua nos moldando, todavia agora planta em nossa subjetividade a semente de um medo fora do comum: O trauma! Algo acontece, alias um conjunto de "algos" para ser exata, e com estes, nos marcam profundamente com feridas difíceis de cicatrizar. O trauma interliga o passado com o futuro de uma forma torta, formando assim, a chamada ansiedade! Ja ouvi uma vez que ansiedade é o medo do futuro, mas creio que é algo muito mais profundo e abstrato. Os traumas nos paralisam, e impedem que evoluamos, pois ao nos deparar com algo que nos ligue com o futuro, seja um projeto inédito ou até mesmo uma pessoa, somos afogados por um oceano de emoções as quais nos fazem imaginar todas as formas que aquela suposta experiência poderia dar errado, gerando novos traumas. O que demora para nos darmos conta, é que a escolha de evitar o novo também resulta em um trauma. Pode ser a curto, ou a longo prazo, mas uma hora nós passamos a enxergar essa escolha como oportunidade perdida, gerando assim o famoso e doloroso "E se"; "E se eu eu tivesse optado por isso?", "E se eu não tivesse feito aquilo?", "E se eu tivesse agido daquele jeito, e não desse?". Não importa qual circunstância, a verdade é que sempre vamos pensar que poderíamos ter feito algo no passado que resultaria em um novo presente, o qual temos a certeza absoluta que seria melhor do que o contexto atual!
Perdemos o sono, nos irritamos, a tristeza torna-se nossa constante companheira. Como consequência disso tudo, ainda temos de lidar com o nosso próprio julgamento, que em geral é 10 vezes mais crítico do que qualquer outro que tenhamos por um terceiro! É um ciclo vicioso que só nos afunda mais e mais. É um vício, que inicialmente parece não ter fim. E não mentirei para vocês ao dizer que é fácil de sair dele, pois é um vicio e como tal tende a nos enfraquecer. Mas é dessa fraqueza que devemos tirar a coragem para dar a volta por cima! Todavia, é bastante perceptível ver que muitas pessoas não conseguem se dar conta desse fato tão cedo, quem dirá sair deste problema... O crescimento de transtornos depressivos está ai para nos provar disso! O medo do desconhecido não é algo novo, alias muito pelo contrário, pois está presente em praticamente em todos os momentos históricos os quais estudamos em algum momento de nossas vidas. Ele não morre, está conosco em cada segundo de nossos dias, apenas esperando o momento certo de aparecer e frustar mais um possível momento bom em sua vida. Não pense que sofrer por este, e outros motivos lhe faz alguém fraco, ou que não é merecedor de momentos bons. Não convença-se de que não é capaz, ou de que os outros são mais merecedores. E principalmente não fuja do novo, pelo medo do desgosto, mas lute pelo inédito pela crença de um sonho! Não estou dizendo que não há uma importância nesses momentos de frustração, mas quando chega ao ponto de impedir alguém de se arriscar, o medo torna-se sim uma das maiores pedras no sapato de alguém! O medo e a frustração existem para todos, porém como cada um é um indivíduo singular, a maneira como percebemos estes fenômenos pode ser completamente distinta, ou seja, enquanto alguém por "n" fatores pode ver nessas situações uma oportunidade de crescer e amadurecer, outra pessoa pode reprimir-se e amedrontar-se. Mudar esse último exemplo não é como seguir uma receita de bolo, exige uma boa dose de paciência e disciplina, mas eu e você sabemos que ambos ingredientes estão cada vez mais difíceis de serem internalizados. Por que? Por "N" motivos também, da mesma forma que muda de pessoa para pessoa a resposta de como sair desse ciclo vicioso. O que eu quero deixar claro, é que não importa de que forma, mas sim que EXISTE uma forma! Existe um jeito de quebrar esse ciclo! Existe uma forma de ter uma vida mais leve e saudável! Mas principalmente, que existe a possibilidade de ter um melhor controle, não do que se sente, mas de COMO se sente! Você não precisa afogar-se em suas emoções, mas precisa entende-las, pois só assim você vai entender como funciona sua mente e seu coração! Não afogue-se, entregue-se! |
Sobre mim:Meu nome é Sabina Maria Stedile, tenho 22 anos e estou cursando o 6◦ semestre de Psicologia na Universidade Feevale, Novo Hamburgo - RS. Gaúcha e fã de um chimarrão, independentemente da estação. Gosto de pensar em mim como uma desbravadora da vida! Amo escrever, e almejo um dia publicar meus livros. Em outras palavras, sou apenas uma garota do sul em busca de seu verdadeiro norte. Histórico
Fevereiro 2020
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